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Capital

Morta em acidente, motociclista tinha recém aberto marmitaria e ganhado 1º neto

Velório de Maria do Carmo ocorre na manhã desta terça-feira, no Bairro Universitário

Por Jéssica Fernandes e Ana Beatriz Rodrigues | 19/11/2024 08:35
Fabiano Garcia conversou com a reportagem durante velório da mãe. (Foto: Marcos Maluf)
Fabiano Garcia conversou com a reportagem durante velório da mãe. (Foto: Marcos Maluf)

Maria do Carmo Moreira Gomes, de 42 anos, tinha recém realizado o sonho de abrir uma marmitaria e estava indo comprar piso para expandir o salão onde recebia os clientes, no momento do acidente. A motociclista, que morreu na segunda-feira (18), no cruzamento da Avenida Guaicurus com a Rua da Divisão, está sendo velada na manhã desta terça-feira (19), no Cemitério Parque de Campo Grande, no Bairro Universitário.

RESUMO

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Maria do Carmo Moreira Gomes, 42 anos, faleceu em um acidente de moto após ser atingida por um caminhão. Dona de uma marmitaria recém-inaugurada e com planos de expansão, Maria era uma mulher saudável e realizada, segundo seu filho, Fabiano. A família está abalada com a perda repentina. A perícia preliminar aponta que o motorista do caminhão foi o responsável pelo acidente, possivelmente por distração, enquanto a versão inicial de mudança de faixa por parte de Maria foi desmentida. Fabiano defende a criação de horários específicos para o tráfego de caminhões pesados na cidade.

O filho dela, Fabiano Garcia, de 34 anos, contou durante o velório que ela também tinha ganhado o primeiro neto. O velório da cozinheira começou às 7h30, onde familiares estão reunidos.

Fabiano diz que a família está muito abalada, pois a mãe era uma mulher cheia de saúde e disposta a viver. O frentista também comentou sobre o motorista do caminhão limpa-fossa que, segundo a primeira análise da polícia, foi responsável por causar o acidente.

Familiares da motociclista reunidos no Cemitério Parque de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Familiares da motociclista reunidos no Cemitério Parque de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

“Na minha opinião foi falta de atenção do motorista, ele de certo estava preocupado com alguma coisa da família ou no celular, foi uma distração, algo que poderia ser evitado”, lamenta.

Na hora em que aconteceu o acidente, a motociclista iria passar em uma segunda loja de materiais de construção, pois não gostou dos pisos que teria visto na primeira loja em que passou. Maria trabalhou como cozinheira na casa de outras pessoas durante anos, porém nos últimos seis meses tinha inaugurado uma marmitaria nas dependências de casa.

De acordo com Fabiano, o negócio estava indo bem, por isso, a mãe queria fazer adaptações. “Era o sonho da vida dela ter uma marmitaria, agora ela estava realizando, é uma pena que durou só seis meses”, afirma.

Acidente aconteceu no cruzamento da Avenida Guaicurus com a Rua da Divisão, na segunda-feira. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Acidente aconteceu no cruzamento da Avenida Guaicurus com a Rua da Divisão, na segunda-feira. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Em relação à informação dada pela PM sobre Maria não ter habilitação, Fabiano relatou que ela nunca teve problemas até o acidente de ontem. “Ela não tinha mesmo habilitação, mas a moto era dela, ela pilotou a vida toda e nunca sofreu acidente, porque tomava cuidado”, fala.  O frentista defendeu que o ideal seria ter um horário para caminhões, como o de ontem, poderem transitar nas ruas da cidade.

Além de falar sobre as recém-conquistas da mãe, Fabiano contou que a mesma sempre viajava no final de ano, porém dessa vez antecipou a viagem a Belo Horizonte, onde esteve com as irmãs e conheceu o mar. “Faz 15 dias que ela voltou de BH, parece que ela estava sentindo, não é algo que ela faz durante o ano”, pontua.

Acidente - O acidente que levou a morte da motociclista aconteceu na manhã de ontem após um caminhão limpa-fossa a atingir. A princípio, a informação é que Maria teria trocado de faixa, entrando em um "ponto cego" onde o condutor do caminhão não a viu.

Maria do Carmo Moreira Gomes, de 42 anos, morreu em acidente. (Foto: Redes Sociais)
Maria do Carmo Moreira Gomes, de 42 anos, morreu em acidente. (Foto: Redes Sociais)

Essa versão dada pelo condutor levou a uma reconstituição em que a perícia constatou, em análise preliminar, que Maria não mudou de faixa. Ontem, a delegada Cinthia Gomes, plantonista da Cepol, falou sobre a simulação e observaram que o motorista fez a mudança e bateu na motociclista.

"Houve o contato, ela caiu, arrastou a região da barriga, isso atingiu órgão interno. [...] Ela já estava fora da rota deles e os dois veículos colidiram porque o caminhão não conseguiu frear a tempo", completa a delegada.

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