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Capital

Polícia Civil encerra caso de “Alma” e indicia três pessoas por homicídio

Três homens de 23, 33 e 34 anos foram indiciados por homicídio doloso qualificado por três circunstâncias

Ana Beatriz Rodrigues | 11/11/2022 14:44
Carlos Reis Medeiros de Jesus "Alma" desapareceu dia 30 de novembro de 2021. (Foto: Reprodução/Facebook)
Carlos Reis Medeiros de Jesus "Alma" desapareceu dia 30 de novembro de 2021. (Foto: Reprodução/Facebook)

A DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) concluiu a investigação do desaparecimento de Carlos Reis Medeiros de Jesus, conhecido como "Alma". O caso foi registrado no dia 30 de novembro do ano passado e na tarde desta sexta-feira (11) a homicídios deu um parecer sobre o caso.

Três homens de 23, 33 e 34 anos foram indiciados por homicídio doloso qualificado por três circunstâncias, sendo dois deles presos preventivamente e um com prisão preventiva decretada, e que no momento está foragido.

De acordo com as informações repassadas pelo Delegado José Roberto, as investigações apontaram que o crime foi motivado por vingança e “acerto de contas”.

Um dos indiciados acreditava ter direito ao recebimento de valores que lhe seriam devidos em razão de suposta herança decorrente de parceria de agiotagem (empréstimo de dinheiro a juros) entre o pai do indiciado e “Alma”.

Segundo a investigação, os valores referentes à suposta herança teriam sido emprestados a uma determinada pessoa, que não reconhecia a origem do dinheiro e se negava a pagar. Na ocasião, “Alma” não permitiu que os indiciados matassem essa tal pessoa, motivo pelo qual a ira deles se voltou contra Carlos.

O caso - Durante as diligências, um dia depois do desaparecimento, foi descoberto que um grupo guinchou veículos que estavam na garagem da vítima. Os carros foram levados até um desmanche, local onde a polícia localizou quatro homens. Eles foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos.

Após esse fato, a esposa de Carlos acabou revelando que o sumiço poderia estar ligado a agiotagem do marido, fato até então desconhecido. A mulher apontou três suspeitos que poderiam estar envolvidos no caso, pois deviam alta quantia ao garagista. Dias depois, a polícia obteve informação que esses suspeitos estavam na região das Moreninhas, fugindo da cidade.

Eles foram abordados. No carro estava Vitor Hugo de Oliveira Afonso, de 33 anos, que acabou preso por uso de documento falso. Questionado sobre o sumiço, revelou que tinha negócios com Carlos Reis. Segundo ele, junto com Thiago Gabriel, ajudavam a revender os carros da garagem da vítima. Na época que foi preso, Vitor confessou que devia R$ 3 mil e Gabriel R$ 5 mil, segundo ele, valor irrisório, perto do que Carlos empresta na cidade, o chamando de "agiota forte".

No entanto, Vitor negou envolvimento, afirmando que com o sumiço do garagista "todos estavam perdendo dinheiro".

Investigação -  A Perícia Técnica da Polícia Civil encontrou manchas que podem ser de sangue em uma residência localizada no ferro-velho da Avenida Gunter Hans, onde policiais civis foram em busca de pistas do paradeiro do garagista e agiota Carlos Reis de Medeiros de Jesus, de 52 anos, o “Alma”. A perícia fez teste com luminol no chão de um cômodo onde uma parte do piso foi retirada. Pelo menos três manchas foram identificadas, duas no chão e uma na parede, conforme apurado.

Delano esclarece que apesar de não descartar a possibilidade de homicídio, Carlos Reis é considerado desaparecido. A confirmação de que as manchas são de sangue ainda depende de exame laboratorial.

O ferro-velho, localizado na Avenida Gunter Hans, pertence ao irmão de Rodrigo José Martins da Silva, de 19 anos, que foi preso nesta manhã por forte suspeita de ter algum envolvimento no desaparecimento. Ele está foragido por ter rompido a tornozeleira eletrônica.

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