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Capital

Polícia investiga se namorado mandou matar ao descobrir programas sexuais

Uma das suspeitas é que autor seria pistoleiro e se disfarçou de cliente a mando do companheiro da vítima

Ana Oshiro | 18/08/2021 06:18
Silvana tinha 31 anos e foi morta com três tiros na cabeça. (Foto: Redes Sociais)
Silvana tinha 31 anos e foi morta com três tiros na cabeça. (Foto: Redes Sociais)

Foi identificada como Silvana Domingos dos Santos, de 31 anos, a mulher assassinada com três tiros na cabeça na noite desta terça-feira (17), no Bairro Jardim Los Angeles, em Campo Grande.

Uma das suspeitas é que o namorado de Silvana tenha mandado matá-la, depois de descobrir a profissão que a vítima exercia. Conforme apurado pelo Campo Grande News, o homem teria descoberto que Silvana fazia sexo por dinheiro e seguiu a mulher por três dias, antes de mandar outra pessoa matá-la.

O corpo de Silvana foi encontrado no quarto de uma casa, ela estava de bruços e havia muito sangue espalhado pelas paredes do cômodo e pela cama onde a vítima foi morta. De acordo com uma moradora da casa, Silvana estava frequentando o local há 3 dias para atender clientes de programas sexuais, ela usava um site para divulgar as fotos e o telefone de contato.

Na noite desta terça-feira, um cliente vestido todo de preto foi a última pessoa que esteve com Silvana ainda viva. Conforme depoimento de testemunhas, o homem combinou o programa sexual, mas disse que estaria nervoso, que era casado e essa seria a primeira vez que transaria com uma garota de programa, por isso, queria ficar sozinho no local com ela.

Desconfiada, uma amiga de Silvana se escondeu no quarto ao lado para ouvir o que aconteceria, a mulher contou à polícia que o cliente pediu para tomar água três vezes e na cozinha da residência, Silvana e o homem tiveram uma pequena discussão e voltaram para o quarto. Em seguida, a testemunha contou que ouviu três barulhos altos e viu o homem indo embora a pé.

A polícia foi acionada, assim como o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que constatou o óbito. A perícia recolheu o copo usado pelo suspeito para tomar água, e também a máquina de cartão que o homem usou para pagar pelo programa de sexo.

O homem é alto, estava vestido com calça jeans clara rasgada no joelho esquerdo, e todo de preto na parte de cima, com camiseta, boné e mochila. Ele chegou ao local como passageiro de um veículo Volkswagen UP branco, de placa desconhecida. Outra mulher, que cuidava de duas filhas da vítima, na casa ao lado, também confirmou as características do suspeito e do carro.

Nas redes sociais, Silvana publicou que estava em um relacionamento sério no dia 21 de julho, mas o nome do companheiro não foi divulgado. O caso foi registrado como feminicídio, menosprezo ou discriminação de mulher na Deam e segue em investigação. Nenhum suspeito foi preso até o momento.

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