Prefeito diz que vai atender recomendação e cortar serviço de grandes geradores

A recomendação do Ministério Público Estadual de suspender a coleta de lixo para grandes empresas de Campo Grande, serviço que atualmente é custeado com dinheiro público, deve ser mais um aliado na luta pela saúde financeira da prefeitura.

O órgão É nisso que acredita o prefeito, Marquinhos Trad (PSD). Durante evento de inauguração de uma ponte no distrito de Rochedinho, na manhã deste domingo (02), ele afirmou ao Campo Grande News que vai reunir equipe técnica e atender a recomendação do órgão.

“Nós recebemos a administração totalmente bagunçada nessa questão dos resíduos sólidos. Fizemos tudo aquilo que foi solicitado pelo Ministério Público, colocamos em dia tudo o que não foi honrado na gestão anterior”, disse.

Alegando que a prefeitura de Campo Grande assume, indevidamente, um custo de R$ 435,3 mil, o MPE recomenda a suspensão do serviço de coleta de resíduos sólidos de estabelecimentos e prestadores de serviços que produzem mais de 200 litros ou 50 quilos de lixo por dia.

“Bancar” esse gasto, de acordo com a alegação do MPE, contraria a legislação federal e municipal vigentes, podendo ensejar responsabilidade civil e penal dos gestores públicos.
“É uma grande oportunidade para a prefeitura, não apenas pela economia financeira, mas pela qualidade de vida que vai oferecer a Campo Grande. A melhor destinação desses resíduos é um ganho para a população”, complementou.

Marquinhos disse ainda que a medida “não só pode, como deve” impactar na redução do contrato firmado com a CG Solurb, consórcio responsável pela coleta de lixo e limpezas das ruas da cidade. “A empresa ficará isenta de um serviço que hoje é custeado pela prefeitura. Eles terão que entender e reduzir custos”, frisou.

A cessão do serviço, se atendida, deve ocorrer dentro de 90 dias a partir desta segunda-feira (03), data de publicação no Diário Oficial do Ministério Público.