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Capital

Prefeitura desapropria mais 6 lotes e acelera obras para mudar favela

Alan Diógenes | 12/01/2015 18:20
Caminhões já abriram e cascalham ruas que dão acesso ao assentamento. (Foto: Alcides Neto)
Caminhões já abriram e cascalham ruas que dão acesso ao assentamento. (Foto: Alcides Neto)

A Prefeitura Municipal desapropriou mais seis lotes particulares no Jardim Noroeste para transferir as 240 famílias da favela Cidade de Deus, localizada na região do Bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande. O fato foi publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) e a administração municipal tem até o dia 15 deste mês para fazer a transferência.

O Campo Grande News esteve na tarde desta segunda-feira no local onde as famílias serão colocadas e constatou a presença de trabalhadores, 15 caminhões e 3 patrolas que estão fazendo a limpeza dos 5 quarteirões e cascalhando as ruas que dão acesso ao lugar. Os terrenos somam cerca de 60 mil m² e já estão com os cavaletes de água. A energia ainda será ligada.

O procurador-geral do município, Fábio Castro Leandro, disse que uma avaliação será feita em relação aos terrenos que serão desapropriados para saber qual será o valor pago por eles. Sobre o fato de que algumas famílias não querem deixar o local, Fábio disse que uma audiência foi feita entre os moradores em dezembro e a transferência só será feita por que as famílias deram o seu aval.

“Fizemos um acordo judicial com os moradores e a maioria aceitou a mudança. Existe uma ordem de reintegração de posse para retirar as famílias da onde estão atualmente, por que a área é ambientalmente proteida e faz parte do aterro sanitário da cidade. Não temos nem como regularizar a situação delas naquele lugar”, explicou Fábio.

O procurador acredita que não vai precisar de força maior no dia da retirada das famílias do local. “Acredito que não vai precisar de acionar Guarda Municipal para a retirada delas. O que elas têm que entender é que não podemos descumprir a ordem judicial”, destacou.

Conforme Fábio, um termo será firmado com as famílias autorizando a permanência delas na nova área. “Não podemos dar casas, por que é proibido dar casa para invasor de área publica, apenas iremos assentá-los. Depois que eles tiverem no novo local, começaremos a inscrevê-los na Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande)”, informou.

De acordo com o secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel, a transferência das famílias não pode passar de janeiro. “Não pode passar de janeiro, até mesmo pelo desconforto que essas famílias vivem. A nova área será um loteamento social, em área regularizada, com ligação de água e luz”, finalizou

Área para onde serão transferidas as famílias correspondem a cerca de 60 mil m². (Foto: Alcides Neto)
Área para onde serão transferidas as famílias correspondem a cerca de 60 mil m². (Foto: Alcides Neto)
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