Quarto suspeito de enterrar rapaz em cova rasa é preso
Talles dos Santos se apresentou nesta terça-feira (21); vizinha teve fiança arbitrada
O quarto envolvido no assassinato de Wagner Vicente Pereira da Silva, cujo cadáver foi encontrado enterrado nos fundos de uma residência no Bairro Amambaí, se apresentou à polícia no fim da tarde desta terça-feira (21), em Campo Grande. Talles Silva dos Santos, de 19 anos, é sobrinho de Everson dos Santos Alencar, 35 anos, apontado como autor do enforcamento.
Conforme apurado pela reportagem, Talles prestou depoimento na DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) e teve a prisão preventiva decretada, conforme decisão expedida pela Justiça.
Os outros suspeitos da morte, Andres Adonis Fajardo Lovera, 29 anos, e Maria Nazaré Carneiro da Silva, 50, também foram ouvidos e presos pela Polícia Civil. No entanto, Maria Nazaré teve fiança arbitrada em um salário mínimo.
A reportagem do Campo Grande News apurou que a vítima tinha relacionamento amoroso com Everson, dono da casa onde ocorreu o crime. Além disso, Alencar "ficava" esporadicamente com Andres, cúmplice na ocultação do cadáver.
Wagner, segundo o depoimento dos suspeitos à polícia, era usuário de pasta base e vivia na rua, sendo sustentado por Everson. Nos últimos dias, ele passou a ser visto andando em carros diferentes e com roupas novas, o que levantou ciúmes no companheiro.
O crime - Na data do crime, domingo (19), Everson, Talles e Andres estavam ingerindo bebidas alcoólicas quando uma mensagem no WhatsApp deu início ao plano de assassinato. O texto no celular de Everson, mas destinado a Wagner, marcava um encontro amoroso.
O trio, então, cavou uma cova rasa perto do tanque que fica em um corredor estreito, onde funciona uma pequena área de serviço. Na sequência, saiu e encontrou Wagner usando drogas perto do Horto Florestal.
Everson convenceu o companheiro a ir até a casa, onde o confrontou. Entre os questionamentos, Alencar citou um furto ocorrido no imóvel e também perguntou se Wagner estava assediando Andres. A vítima confessou e então houve desentendimento. Na sequência, os três esganaram a vítima com um fio elétrico. Com a cova pronta, a vítima foi colocada em posição fetal, com as mãos e pés amarrados por uma corda de varal.
Maria Nazaré é vizinha da casa, que trabalha em uma funerária e mantinha contato com Everson. Ela é apontada como a pessoa que orientou como esconder o corpo após o assassinato. Segundo apurado, a mulher pediu que os três comprassem cal para ocultar o cheiro.
Na casa, a polícia apreendeu perto da cova: 8 kg de cal, 20 kg de areia, 20 kg de pedra e 20 kg de cimento.
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