Quatro dias após crime, suspeito pela morte de Mayara continua foragido
Polícia Civil diz que está trabalhando para prender suspeito, mas conduz investigações sobre o caso em sigilo
Quatro dias após o crime, Roberson Batista da Silva, 32 anos, principal suspeito pela morte de Mayara Fontoura Holsback, 18 anos, continua foragido. A Polícia Civil diz que está trabalhando no carro para executar a prisão, mas trata tudo em sigilo.
Roberson, que estava preso no Instituto Penal de Campo Grande, recebeu alvará de soltura e foi liberado na última quinta-feira (14), um dia antes de a jovem ser morta. Os processos sobre o caso que o manteve detido por mais de três, entre outros crimes em que houve participação dele, que até ontem estavam disponíveis para consulta, hoje estão em segredo de Justiça.
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Sem uma resposta efetiva da polícia, a família confia no que dizem os delegados responsáveis pelo caso. “O delegado disse que até amanhã ele vai ser preso, então, estamos confiantes”, disse o pai da jovem Ademir de Souza Holback, 43 anos.
O Campo Grande News tentou contato com a delegada titular da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), mas ela afirmou que não poderia comentar o caso, para não atrapalhar as investigações.
Há informações extraoficiais de que o suspeito já está com um mandado de prisão preventiva em aberto, mas isto também não foi confirmado pela polícia, nem a Justiça.
Crime - Conforme boletim de ocorrência, a jovem foi encontrada nua sobre a cama com parte do corpo coberto com edredom. Havia sangue no colchão, nas cobertas e algumas manchas no banheiro (no interruptor e na parede). A tesoura, usada no crime foi localizada coberta de sangue ao lado do corpo, que já estava em rigidez cadavérica.
À polícia, uma testemunha contou que na quinta-feira à noite, quando saía para trabalhar, viu a vítima com roupa de academia. Pouco tempo depois avistou o suspeito chegando em um veículo Fiat Siena prata, provavelmente um Uber.
O autor entrou na residência, na sequência, o irmão da vítima saiu e foi trabalhar. A irmã de Mayara, Viviane Fontoura Holsback, 20 anos, foi quem chamou a polícia. Ela ficou sabendo do homicídio quando foi informada pelo marido, que está preso.
Segundo parentes da vítima, após o crime, ele ligou para o marido de Viviane Fontoura Holsback, irmã de Mayara, que está preso, e confessou o assassinato dizendo: "o serviço está feito".
Mercadorias roubadas - Viviane foi presa vendendo mercadorias roubadas, em parceria com o principal suspeito de matar a irmã dela. De acordo com boletim de ocorrência, policiais militares receberam a denúncia anônima de que pessoas estavam vendendo produtos roubados da empresa Semalo, na região da Vila Nhanhá.
Para apurar a denúncia, uma equipe de policiais a paisana passou a fazer rondas para conseguir mais informações, onde conseguiram um vídeo de Viviane oferecendo uma carga muito grande de salgadinhos a comerciantes da região com preço bem abaixo do mercado.
Com as informações, os policiais abordaram a suspeita, que os levou até uma casa na mesma região onde tentava comercializar os produtos. Lá, os militares encontraram 613 caixas contendo 14.712 salgadinhos, produtos de roubo feito a um caminhão da empresa Semalo.
O Campo Grande News tentou contato com Viviane, mas ela não respondeu às ligações.