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Saiba como se prevenir da gastroenterite, surto que atingiu Campo Grande

Especialista explica os principais sintomas e formas de prevenção

Por Kamila Alcântara | 15/09/2024 07:44
Pessoa com dor na região abdominal (Foto: Juliano Almeida)
Pessoa com dor na região abdominal (Foto: Juliano Almeida)

O aumento de 157% dos casos de gastroenterite em Campo Grande levou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) a desenvolver um boletim e distribuir o alerta epidemiológico para as unidades de atendimento públicas e privadas. A doença pode se manifestar por contaminação viral e bacteriana, por isso, é importante entender a diferença e saber que enfrentamos o surto do tipo viral.

A gastroenterite é uma inflamação que ocorre no estômago e no intestino, podendo acometer tanto o intestino grosso quanto o delgado. E geralmente, na maioria dos casos, ela é causada por agentes infecciosos, como vírus e bactérias.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, é realizada semanalmente a MDDA (Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas), onde todos os serviços de saúde públicos e privados informam o número de casos registrados nos atendimentos que apresentaram o sintoma de diarreia com duração de até 14 dias.

“O ideal é que as pessoas procurem primeiro uma unidade de saúde da família caso os sintomas sejam leves, sintomas graves, crianças, idosos, pacientes com comorbidades ou sintomas que duram mais de três dias, nós orientamos que os pacientes busquem as unidades de urgência”, relata.

Veruska completa dizendo que nessa época de tempo seco e calor há maior predominância das doenças gastrointestinais por conta da preparação dos alimentos que podem estar menos refrigerados, ou mal acondicionados. Além disso, a secura ajuda na proliferação dos vírus.

Por isso, o setor acaba de preparar um boletim epidemiológico para a secretaria, que vai ser distribuído nas redes privada e pública de saúde, com orientações de manejo dos pacientes e informações sobre a doença.

O médico gastroenterologista da rede Unimed, Luciano Chaves, detalha que os principais sintomas são: falta de apetite, náuseas, vômitos e diarreia. Porém, há sinais que precisam ser avaliados com mais atenção, para que não avance.

“Quando a diarreia contém a presença de sangue, com náuseas e vômitos, pode levar a uma desidratação importante. A desidratação traz dores de cabeça e rebaixamento do nível de consciência. Quando isso acontecer, é importante que você leve imediatamente a pessoa para um pronto-socorro para que ela receba os cuidados adequados”, alerta o especialista.

Médico gastroenterologista da rede Unimed, Luciano Chaves (Foto: Divulgação)
Médico gastroenterologista da rede Unimed, Luciano Chaves (Foto: Divulgação)

Diferença entre bacteriana e viral - Luciano detalha que as doenças virais são limitadas, geralmente por sete dias, enquanto a bacteriana persiste por mais tempo e os sintomas são mais intensos.

“Bactérias como shigella e salmonella invadem a parede dos intestinos, podendo levar a fezes com a presença de sangue e até mesmo sintomas de mais toxemia no doente, como febre, mal-estar, uma dinâmica mais importante e geralmente requer o uso de antibiótico para o tratamento e erradicação dessas bactérias”, reforça.

Por fim, o gastroenterologista lembra que há vacinas que podem evitar a contaminação e atenção aos hábitos de higiene. “Formas mais práticas de se evitar a doença e a contaminação por esses agentes seriam através de um saneamento básico adequado, água tratada, instalação de esgotos e até mesmo algumas vacinas. Para alguns vírus já se tem vacinas como, por exemplo, para o rotavírus. Essas vacinas estão indicadas no programa de vacinação infantil”, termina.

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