Sem parquímetro, garagistas querem manter preços, mas esperam mudança de público
Convênio entre prefeitura e FlexPark chega ao fim e retira cobrança de estacionamento no Centro
O fim da cobrança de estacionamento no Centro de Campo Grande deve impactar nos negócios dos garagistas que trabalham na região. E embora esperem uma mudança de público e até queda na movimentação, alguns dos proprietários não pretendem aumentar os preços.
“Eu acho que nós não temos que subir, na verdade. Acho que vai diminuir, principalmente os mensalistas, porque o pessoal que trabalha mais no Centro paga porque chega um pouco mais tarde e não consegue vaga, então paga pela comodidade. Com o acesso livre na rua, a pessoa vai acabar chegando um pouco mais cedo e deixando na via”, diz o proprietário da LM Estacionamento, Vitor Hugo Mariotti.
Em meio às mudanças, o dono do Estacionamento + Barato, Julio Cesar Oliveira, também não quer reajustar os valores cobrados no estabelecimento. “Por enquanto, não, vai ficar assim até ver como vai ficar a situação. A gente faz o máximo pra ajudar o cliente, né”, explica o empresário, que viu os negócios diminuírem com as reformas na área central.
As obras na região, aliada ao período pandêmico também reduziu o movimento no Mega Estacionamento. Segundo o proprietário, Mario Giovani Ganci, a queda foi de cerca de 40%. Mas, para ele, não é hora de aumentar preços para o consumidor, que também tem sofrido com altos valores da gasolina, por exemplo.
“Nossa ideia é baixar os preços, mas não tem como porque também temos aluguel e contas. Esse negócio do parquímetro, nós não sabemos o que que vai dar, mas acho que quem vai ser prejudicado é o centro, porque muita gente vai vir cedo aí, colocar o carro onde trabalha e ficar um tempão, dificultando o acesso da população.”
Comércio – Para comerciantes da área central, o fim da cobrança de estacionamentos localizados bem em frente às lojas traz esperança de melhora na movimentação, que também caiu com as obras de revitalização de diferentes vias centrais.
“A gente espera uma melhora, porque a obra, por mais que ela vai ser boa no futuro, por
enquanto, ela está dando uma atrapalhada. Porque os consumidores ficam tão estressados com o trânsito, que não conseguem olhar as lojas em volta, então, eu acho que vai ser bem bacana”, explica a gerente da loja Ka Modas, Amanda Muzzi.
Já o gerente da loja Mega, José Barbosa, acredita que os consumidores ficarão mais tranquilos sem precisar pagar para deixar o carro em frente ao estabelecimento. “O pessoal fica mais à vontade para andar na loja, não tem preocupação com o carro estacionado, eu acho que melhora sim.”
Para a funcionária da Tudo em Make, Kamilly Vitória da Silva, a movimentação será equilibrada. “Acredito que vai melhorar, porque muita gente questiona, né, a questão de pagar imposto e ainda ter que pagar o estacionamento aqui, o movimento vai aumentar, só que tem a questão das obras também né, que diminui um pouco.”