Em meio a crise, empresa apela a outdoor para encontrar empregados
Em tempo de crise e desemprego, um outdoor com oferta de vagas para serralheiro chama a atenção de quem passa pela Rua da Divisão, uma das vias mais movimentadas dos bairros Parati e Aero Rancho, em Campo Grande. Apenas com o número de telefone no anúncio, o empregador apelou para a propaganda, na tentativa de atingir um público diferente dos encontrados em agências de emprego.
Conforme Edgar Rodrigues, um dos diretores da Letraço Comunicação que oferece as vagas, a empresa quis buscar um perfil diferente do candidato que procura emprego pela internet. “Por exemplo, nós conseguimos interessados que recém chegaram à cidade e estão em busca de oportunidade e profissional empregado, mas está descontente na empresa onde trabalha”, diz.
Além do Aero Rancho, região sul da cidade, Edgar conta que mais dois outdoor foram instalados, um próximo ao shopping Campo Grande e, o outro no Bairro Mata do Jacinto, região norte. A pré-seleção é feita por telefone, o que facilita o trabalho da equipe de Recursos Humanos. “Das pessoas que entraram em contato com a gente, conseguimos selecionar mais de 10 com o perfil que queríamos”, destaca.
Segundo Edgar, a empresa também quis fugir um pouco da burocracia na hora de procurar uma agência de emprego para oferecer as oportunidades. “Mesmo com pré-seleção na agência, muitas vezes a gente não conseguia encontrar candidato com o perfil da vaga”, conta.
Preencher vagas com o perfil desejado sempre foi um desafio para os empresários de Campo Grande, tanto que no ano passado a maioria das oportunidades anunciadas em agências de emprego, não eram preenchidas. Era tanta oportunidade, que os candidatos podiam escolher, de acordo com diretor-presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho) Aldo Donizete.
As vagas ofertadas diminuíram bastante este ano, mas em compensação aumentou a empregabilidade. “Com mais oferta de mão de obra, os candidatos não estão escolhendo emprego”, explica Aldo. Por outro lado, o ganho do trabalhador caiu. Até março de 2014, a média de oferta era de 1000 vagas de emprego por mês. Hoje, não passa de 500.