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Interior

Após 14 meses foragido, cigarreiros são presos no Paraguai

O suspeito, que é natural do Paraná, era procurado desde o dia 8 de agosto do ano passado

Geisy Garnes | 07/10/2020 17:40
Depósito utilizado por contrabandistas em Mundo Novo (Foto: PF/Divulgação)
Depósito utilizado por contrabandistas em Mundo Novo (Foto: PF/Divulgação)

Um dos alvos da Operação Teça, realizada pela Polícia Federal em agosto de 2019, foi preso nesta quarta-feira (7) em Naviraí – cidade a 366 quilômetros de Campo Grande. O suspeito, que não teve o nome divulgado, estava escondido no Paraguai desde as ações do ano passado e foi encontrado em investigação conjuntas com a polícia do país vizinho.

Conforme divulgado pela polícia, o preso, de 35 anos, é uma das peças chaves na organização criminosa especializada no contrabando de cigarro e investigada pela operação. Considerado “gerente operacional” do grupo, ele era responsável pela logística para “escoamento” do cigarro paraguaio no Brasil. Ainda fazia o pagamento de propina a agentes públicos envolvidos no esquema e coordenava a mateiros, olheiros, motoristas e batedores.

O alvo, que é natural do Paraná, estava foragido desde o dia 8 de agosto do ano passado e nesta manhã foi capturado por policiais paraguaios. Preso, foi entregue à equipe da Polícia Federal de Naviraí no posto policial em Mundo Novo, na fronteira entre os dois países. Agora, permanece na Penitenciária de Naviraí, a disposição da justiça.

A Operação Teça investigou quadro quadrilhas envolvidas no contrabando de cigarros em Mato Grosso do Sul. Na época, foram expedidos 40 mandados de prisão, 30 deles foram cumpridos no dia das ações. Entre os alvos, estavam policiais que recebiam propina para “deixar” as cargas passarem.

Entre os investigados estavam também Ângelo Guimarães Ballerini, o Alemão e Valdenir Pereira dos Santos, conhecido como Perna, presos pela Polícia Federal em outra Operação, a Nepsis. Eles teriam criado “corredores logísticos de passagem” nas rodovias de Mato Grosso do Sul para assegurar a entrega de cargas de cigarros contrabandeados em todo o país.

O grupo tinha uma estrutura complexa, que era dividida em: patrões, gerentes de logística, policiais garantidores-pagadores, policiais garantidores, gerentes auxiliares, batedores, motoristas e olheiros. Ângelo e Valdenir foram condenados 14 vezes pelo crime de contrabando, uma pena de 50 anos de reclusão e mais 1 ano de detenção, em março deste ano.

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