"Arrependidos", adolescentes culpam bebedeira para estupro de criança de 3 anos
Adolescentes foram levados para Unei, onde respondem pelo ato infracional
Os dois adolescentes que confessaram o estupro de uma criança de 3 anos em Amambai, a 360 quilômetros de Campo Grande, disseram que beberam pinga antes do crime, na última sexta-feira (1º). Apreendidos, eles foram levados para a Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã.
O delegado Caio Macedo, da delegacia de Amambai, afirmou que durante depoimento, os adolescentes, de 16 e 17 anos, contaram que moram na aldeia Amambai e na data do crime, viram a criança brincando. "Ela teria aproveitado uma distração e saiu de casa para brincar", explica Macedo.
A menina estava perto de casa e foi onde ela estava brincando, que ocorreu o crime. "Eles disseram que os dois cometeram o abuso, o que levou cerca de 10 a 15 minutos". Depois, deixaram a menina no local e fugiram.
Chorando, a criança procurou ajuda e encontrou a casa de uma agente de saúde da comunidade indígena. Ela estava molhada de urina e com sangramento anal, então foi levada ao hospital. Após exames, foi confirmado que houve estupro.
Acionada, a Polícia Civil começou as diligências e encontrou os autores no dia seguinte, sábado (02). "Eles foram encontrados na própria aldeia", afirma Macedo.
Em depoimento, demonstraram arrependimento, segundo a polícia, e colocaram a culpa na bebedeira. "Confessaram, afirmando que teriam bebido pinga, por isso cometeram o crime", revela o delegado. Os dois suspeitos foram levados para a Unei em Ponta Porã e respondem pelo ato infracional.
O delegado informou que a criança passou por atendimento médico e está sob os cuidados da família.
O caso - O crime ocorreu na última sexta-feira, 1º de outubro. O pai da menina saiu da Aldeia Amambai, onde mora com a família, para comprar combustível. A criança ficou sob os cuidados da mãe, mas após um breve descuido, a menina desapareceu da casa.
A família passou a fazer buscas pela criança. Um mutirão foi feito e até fotos foram espalhadas em grupos de WhatsApp. Para a surpresa dos pais, a menina apareceu na casa da agente de saúde da comunidade indígena, cerca de meia hora depois do desaparecimento.
A criança estava molhada de urina e com sangramento anal. Suspeitando de estupro, a mulher acionou os pais da menina, que foi levada ao Hospital Regional de Amambai. Após exames, foi confirmado que houve abuso sexual.