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Criança de 3 anos era amarrada ao pedir comida e agredida com cano

Menino deu entrada no hospital de Anastácio e devido a gravidade, foi transferido para unidade de Campo Grande

Por Dayene Paz | 05/03/2025 15:58
Criança de 3 anos era amarrada ao pedir comida e agredida com cano
Criança no colo da mãe com sinais evidentes de desnutrição. (Foto: A Princesinha News)

Criança de 3 anos deu entrada no hospital de Anastácio, cidade a 122 quilômetros de Campo Grande, com sinais de desnutrição e desidratação. Na unidade, equipe médica evidenciou outros sinais de maus-tratos, como lesões pelo corpo. As informações são de que o menino era amarrado e apanhava com cano quando pedia comida.

Os fatos foram descobertos na segunda-feira (3), por volta das 20 horas, depois que a própria mãe deu entrada na unidade de saúde de Anastácio. Ao atender a criança, equipe médica percebeu lesões pela cabeça, no queixo, braços e por toda a região do abdome. Além disso, a criança estava desnutrida e desidratada.

Por conta da situação, o Conselho Tutelar foi acionado e, posteriormente, a Polícia Militar. Ao conversar com a mãe, a mesma alegou que estava em uma fazenda e deixou o filho com a avó paterna. A PM, então, foi até o imóvel da avó e também a questionou. A mulher negou as agressões, afirmando que quem as cometia era a própria mãe.

Diante das contradições, três pessoas, mãe, avó e tia da criança acabaram conduzidas para a delegacia, onde prestaram esclarecimentos. Lá, a avó contou que nora e neto estavam morando com ela há cerca de cinco meses. Também relatou que presenciava a mãe batendo na criança, mas não se metia na "educação". A mulher afirmou, ainda, que já havia orientado a levar o menino no médico.

Na delegacia, a mãe mudou a versão, afirmando que a irmã, tia do menino, era quem cometia as agressões. Utilizando um cadarço, amarrava a criança e usava um cano de água para bater nele, toda vez que pedia comida. Já a tia nega os fatos, também apontando como autora a própria mãe.

Testemunhas, vizinhos da casa onde a família morava, afirmam que foram mais de 14 denúncias ao Conselho Tutelar sobre a situação. "Quando elas suspeitavam que o Conselho vinha, trancavam a casa. Essa criança chorava o dia todo", disse uma vizinha ao portal A Princesinha News. Ela pediu para ter o nome preservado.

Por conta da gravidade, o menino precisou ser transferido para um hospital da Capital. A Polícia Civil registrou a ocorrência na delegacia e prossegue com as investigações.

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