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Cruzes na frente da prefeitura lembram 17 mortos pela covid em Dourados

“Movimento pela Vida” colocou 17 cruzes no gramado em frente ao CAM, onde funciona o gabinete da prefeita Délia Razuk

Helio de Freitas, de Dourados | 26/06/2020 07:22
Vestidas de preto, manifestantes colocam 17 cruzes brancas em frente à prefeitura (Foto: Adilson Domingos)
Vestidas de preto, manifestantes colocam 17 cruzes brancas em frente à prefeitura (Foto: Adilson Domingos)

Assim como ocorreu na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, cruzes brancas foram colocadas na manhã desta sexta-feira (26) em frente à sede da Prefeitura de Dourados, a 233 km de Campo Grande. Vestidas de preto, Shirley Mazeppe e Helena Izidoro, integrantes da Associação Amigos da Vida, instalaram 17 cruzes no gramado em frente ao CAM (Centro Administrativo Municipal), onde funciona o gabinete da prefeita Délia Razuk (PTB).

A quantidade de cruzes fincadas no local representa o número de pessoas mortas pela covid-19 até ontem na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, epicentro da doença no Estado e que lidera em mortes e casos positivos do novo coronavírus. Dos 62 óbitos no estado, mais de um quarto são da cidade.

 De acordo com Shirley Mazeppe, o manifesto é de apoio às famílias que tiveram parentes mortos pela doença, aos profissionais da saúde que estão na linha de frente no combate ao vírus e aos médicos da cidade, internados após serem infectados.

“Queremos mostrar que estamos juntos dessas 17 famílias e médicos e demais profissionais de saúde, muitos já afastados e em estado grave, que se contaminaram no próprio trabalho. A todos eles, a nossa gratidão e o desejo que tudo isso passe. Serão sempre lembrados como heróis”, afirmou Shirley.

Ela disse que o aumento da doença em Dourados é preocupante e reforçou o pedido para que as pessoas fiquem em casa. “Só o isolamento domiciliar pode parar esse crescimento”.

Helena Izidoro, que preside a associação, também apelou às pessoas para que só saiam de casa quando necessário. “Se as pessoas não se cuidarem, vai aumentar o número de infectados em pouco espaço de tempo e com isso haverá colapso no sistema de saúde”.

Shirley Mazeppe (à esquerda) e Helena Izidoro, da Associação Amigos da Vida (Foto: Adilson Domingos)
Shirley Mazeppe (à esquerda) e Helena Izidoro, da Associação Amigos da Vida (Foto: Adilson Domingos)


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