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Interior

Cunhado de temido matador da fronteira foi executado com 24 tiros

Sabino Ramon Vargas Armoa, o “Guavirú”, era procurado pela morte de Marcio Ariel, o “Aguacate”

Por Helio de Freitas, de Dourados | 15/11/2023 09:29
Policial paraguaio no local onde Sabino Armoa foi morto, ontem à noite (Foto: ABC Color)
Policial paraguaio no local onde Sabino Armoa foi morto, ontem à noite (Foto: ABC Color)

Sabino Ramon Vargas Armoa, 40, o “Guaviru”, executado na noite de ontem (14) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, foi alvejado com 24 tiros de pistola 9 milímetros. Irmão da mulher do pistoleiro Marcio Ariel Sánchez Giménez, 35, o “Aguacate”, Sabino era apontado como autor intelectual do assassinato do cunhado, ocorrido em 15 de junho deste ano.

Segundo a Polícia Nacional, Guavirú foi morto na casa da mãe dele, na Colônia Aguará, a 50 km de Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia (MS).

Dois pistoleiros chegaram à casa à procura de Sabino. Assim que saiu para conversar com os desconhecidos, ele percebeu que seria morto. O homem tentou correr, mas foi atingido nas costas e caiu perto da churrasqueira. Os matadores se aproximaram e dispararam vários outros tiros na cabeça da vítima.

Segundo o promotor de Justiça Hernán Mendoza, que esteve no local da execução, 27 cápsulas deflagradas de calibre 9 milímetros foram recolhidas. Ele informou que ao menos duas armas foram usadas pelos matadores. Os policiais não encontraram a arma de Guavirú, nem seu celular.

Após o assassinato de Sabino Armoa, a imprensa paraguaia revelou que o mandado de prisão dele por suspeita de envolvimento na execução de Marcio Ariel não aparecia no sistema da Polícia Nacional.

Chefe do principal escritório de matadores profissionais que atuam na linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (MS), “Aguacate” foi sequestrado e morto a tiros na noite de 15 de junho deste ano, data do aniversário de sete anos do assassinato de seu patrão, Jorge Rafaat Toumani.

Guavirú e Fabio Ramón Benítez Gauto, 37, o “Master”, chefe de segurança de Aguacate, foram apontados como autores do assassinato do chefe da pistolagem. Os dois teriam se vendido para outras organizações criminosas e tramaram a execução do temido matador da linha internacional.

Aguacate foi chamado até a casa alugada por Guavirú, supostamente para participar de um churrasco. Durante a comemoração, foi executado a tiros e o corpo, enrolado num cobertor laranja, foi jogado no meio da rua, perto do Palácio da Justiça de Pedro Juan Caballero. A Polícia Nacional ainda não se manifestou sobre o “sumiço” da ordem de prisão de Sabino Armoa.

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