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Interior

Delegação vem à fronteira para ouvir colegas de jornalista assassinado

Leo Veras foi executado a tiros de pistola no dia 12 de fevereiro em Pedro Juan Caballero e até agora crime continua sem solução

Helio de Freitas, de Dourados | 04/03/2020 10:46
Enterro do corpo de Leo Veras, no dia 13 de fevereiro, em Ponta Porã (Foto: Marciano Candia/Ultima Hora)
Enterro do corpo de Leo Veras, no dia 13 de fevereiro, em Ponta Porã (Foto: Marciano Candia/Ultima Hora)

Três semanas após a execução do jornalista brasileiro Lourenço Veras, o Leo, em Pedro Juan Caballero, vizinha de Ponta Porã (MS), delegação do Departamento Interinstitucional de Segurança para Jornalistas vem hoje (4) à cidade paraguaia para se reunir com repórteres da fronteira.

Na reunião, marcada para começar às 11h (de MS) na sede da Polícia Nacional, os representantes do departamento vão ouvir experiências de jornalistas da região, principalmente sobre ameaças e intimidações atribuídas ao crime organizado que domina a fronteira.

Conforme o jornal Ultima Hora, o encontro ocorre a pedido do Sindicato dos Jornalistas do Paraguai, que exige mais garantias para os comunicadores do departamento (equivalente a estado) de Amambay.

O Conselho Interinstitucional é formado por representantes do Ministério Público, Ministério do Interior, Supremo Tribunal de Justiça e Polícia Nacional, além de representantes das entidades sindicais de jornalistas. O grupo que está em Pedro Juan é liderado por Óscar Ayala, secretário executivo da Coordenação de Direitos Humanos do Paraguai.

Conforme o órgão de direitos humanos, a maioria dos assassinatos de jornalistas nos últimos 30 anos ocorreu na parte norte do país, principalmente nos departamentos de Amambay (vizinho de MS) e Concepción.

Leo Veras foi executado com 15 tiros de pistola quando jantava com a família, na noite de 12 de fevereiro, no bairro Aurora, em Pedro Juan Caballero. O crime foi praticado por três pistoleiros encapuzados. Há dez dias a polícia paraguaia prendeu nove pessoas supostamente ligadas à morte, mas até agora não há informações comprovando a ligação dos suspeitos ao crime.

O Ministério Público do Paraguai afirma que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) está por trás do assassinato, mas a versão ainda não foi comprovada.

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