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Interior

Greve de auditores fiscais da Receita causa fila de caminhões na fronteira

Movimento ocorre também na Capital, Dourados, Corumbá e Mundo Novo; acordo firmado em março com o governo não foi cumprido

Helio de Freitas, de Dourados | 16/11/2017 11:39
Caminhões parados próximos à Receita Federal em Ponta Porã (Foto: Direto das Ruas)
Caminhões parados próximos à Receita Federal em Ponta Porã (Foto: Direto das Ruas)

A nova greve dos auditores fiscais, que está na terceira semana, provoca fila de caminhões em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai. A categoria cobra do governo federal o cumprimento de um acordo firmado em 2016, estipulando 20% de reposição salarial, sendo 5% por ano, até 2019.

O movimento é nacional e em Mato Grosso do Sul, além de Ponta Porã, afeta o funcionamento do órgão federal na Capital, Dourados e nas aduanas de Corumbá, na fronteira com a Bolívia, e Mundo Novo.

De acordo com o Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais), o governo editou medida provisória adiando em um ano o pagamento da recomposição prevista para janeiro de 2018 e janeiro de 2019.

Os auditores fiscais da Receita Federal entraram em greve no 1º deste mês. O serviço não está totalmente parado, já que a categoria mantém 30% do efetivo trabalhando, mas o número reduzido atrasa a liberação das cargas.

Em Ponta Porã há dezenas de caminhões parados em frente à unidade da Receita, que fica do lado da Linha Internacional que divide Ponta Porã de Pedro Juan Caballero.

Um auditor disse hoje ao Campo Grande News que até as ruas próximas estão tomadas de caminhões. “Quase todos os auditores estão fora da repartição, assinando greve na folha de ponto. O que liberava no mesmo dia está demorando quatro dias, mas ainda dentro do prazo regulamentar”, explicou o auditor.

A greve afeta também os portos e aeroportos do país e prejudica a parte de arrecadação e julgamento de processos. Até agora o comando da Receita Federal não se manifestou sobre a paralisação.

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