Há um ano esperando casas, contemplados voltam a protestar na Caixa
Residências do Dioclécio Artuzi III deveria ter sido entregue no ano passado, mas construção de casas invadidas em abril atrasou e contemplados não sabem quando poderão se mudar para unidades
Famílias contempladas com casas no Residencial Dioclécio Artuzi III, construído na região do Jardim Guaicurus, em Dourados, a 233 km de Campo Grande, voltaram a protestar nesta quarta-feira (9) em frente à agência da Caixa Econômica Federal na Avenida Weimar Gonçalves Torres. Os moradores cobram uma data concreta para a entrega das unidades, que deveriam ter sido ocupadas ainda em 2014.
Um grupo que foi até a agência quer falar com a gerência local, para saber se as unidades serão entregues ainda neste ano. São 450 moradias, construídas através do programa “Minha Casa, Minha Vida” em uma região da cidade onde existem vários outros conjuntos de casas populares. A Caixa ainda não se manifestou.
Em abril deste ano, as casas foram ocupadas por famílias sem-teto, que permaneceram no residencial até maio, quando foram despejadas por determinação da Justiça. A invasão atrasou ainda mais a conclusão das casas.
Há sete meses os contemplados negociam com a Caixa a ocupação das unidades já concluídas, mas o pedido foi negado pela direção nacional do banco estatal.
Em julho, o MPF (Ministério Público Federal) instaurou inquérito civil para investigar o atraso na entrega das moradias. O inquérito é conduzido pelo procurador da República Manoel de Souza Mendes Junior.
A investigação começou depois de reclamações de algumas pessoas contempladas com as casas no sorteio feito em dezembro de 2013, mas que até agora não sabem quando irão receber as moradias. Foram citados como responsáveis pelo residencial o município de Dourados, a Caixa Econômica Federal e a empresa LC Braga Incorporadora, responsável pela construção.
A denúncia ao MPF foi feita por Cleide Mara da Silva, Elizabett Aparecida Felisberto Dias e outras 29 pessoas contempladas. Eles relataram que a entrega estava prevista para setembro do ano passado, mas foi prorrogada por três vezes sem que as famílias tenham sido autorizadas a ocupar as unidades.