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Interior

Justiça solta advogado acusado de falsificar decisão para traficante

Gustavo David Romero faz a defesa de um dos cinco réus da morte de Ryguasu

Por Gustavo Bonotto | 17/06/2024 23:10
Fachada do Palacio de Jiusticia, em Pedro Juan Caballero. (Foto: Reprodução/ABC Color)
Fachada do Palacio de Jiusticia, em Pedro Juan Caballero. (Foto: Reprodução/ABC Color)

A Justiça do Paraguai decidiu, nesta segunda-feira (17), suspender a prisão preventiva e ordenar a soltura do advogado Gustavo David Romero Zarza, de 45 anos, preso em Pedro Juan Caballero, município fronteiriço a Ponta Porã, distante 313 quilômetros de Campo Grande. Ele é investigado por suposta produção de documento falso que favoreceu cliente investigado pela morte do narcotraficante Ederson Salinas Benítez, o "Ryguasu".

Conforme apurado pelo jornal paraguaio ABC Color, a decisão foi assinada pela titular da vara, Sadi Estela López Sanabria. A juíza entendeu que o advogado tem domicílio fixo e não foi o responsável pela criação do documento que garantiu soltura ao acusado, Éder Ronaldo Giménez Duarte.

O advogado, no entanto, segue sob medidas cautelares e deverá comparecer regularmente ao tribunal para esclarecimentos, pontuou o Ministério Público. Ele também foi proibido de deixar o país.

Por sua vez, o agente Félix Andrés Cantaluppi questionou a decisão adotada pelo tribunal e anunciou que iria recorrer da resolução. Explicou ao veículo jornalístico paraguaio que "[...] o incidente é muito grave e que a Corte não levou em consideração o risco de fuga e o perigo de obstrução à investigação".

Entenda - O MP do Paraguai recebeu denúncia de que Eder Rolando Giménez Duarte (um dos cinco investigados pela morte de Ryguasu) teve mandado de prisão expedido após cair em uma barreira policial com drogas. No entanto, uma resolução no Tribunal de Apelações de Pedro Juan Caballero anulou a ordem e o garantiu a liberdade.

Em dezembro de 2023, o mandado não constava mais no banco de dados da Polícia Nacional. Outro fato destacado pelo periódico é de que os magistrados citados nos documentos de soltura negaram envolvimento com o processo durante averiguação do MP, pontuando que as assinaturas eram falsas.

Eder Rolando teve a prisão decretada pela segunda vez. Ainda segundo o ABC Color, a defesa dele sequer interpôs recurso contra a decisão judicial. Ele segue foragido.

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