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Interior

“Momento histórico”, avalia ruralista sobre Nhanderu Marangatu

Presidente da Famasul disse esperar que acordo no STF sirva de exemplo para outras áreas de conflito

Por Helio de Freitas, de Dourados | 26/09/2024 09:04
Audiência nesta quarta-feira no STF que selou acordo sobre área que virou palco de mortes (Foto: Divulgação)
Audiência nesta quarta-feira no STF que selou acordo sobre área que virou palco de mortes (Foto: Divulgação)

O presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) chamou de “momento histórico” o acordo firmado na quarta-feira (25) para resolver a disputa entre indígenas e produtores rurais pela posse de 9,3 mil hectares demarcados como o Território Nhanderu Marangatu, no município de Antônio João.

Marcelo Bertoni participou da reunião que durou sete horas, comandada pelo ministro Gilmar Mendes e com participação de representantes da União, do Governo do Estado, dos produtores rurais e dos guarani-kaiowá.

A área é disputada há quase 30 anos entre indígenas e fazendeiros e já foi palco de vários confrontos com mortes, a mais recente a de Neri Ramos da Silva, 23, ocorrida no dia 18 deste mês.

“Este é um momento histórico no Brasil e esperamos que sirva de exemplo sobre a importância do diálogo para a resolução de conflitos. Há 30 anos, a Famasul e a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) trabalham incansavelmente para este momento, respeitando a temporalidade dos casos”, afirmou Marcelo Beroni.

O líder ruralista fez questão de agradecer à senadora Tereza Cristina (PP-MS) e ao governador Eduardo Riedel, que, segundo ele, não mediram esforços para firmar o acordo.

“Também faço agradecimento ao ministro Gilmar Mendes e aos juízes auxiliares. Que este seja o primeiro de muitos outros casos a serem resolvidos para que juntos possamos colocar ponto final na injustiça causada aos indígenas e aos produtores rurais”, afirmou Marcelo Bertoni.

De acordo com a Famasul, o acordo firmado no STF prevê indenização das benfeitorias e do VTN (Valor da Terra Nua) da área. O valor estimado, de R$ 146 milhões, será pago em cooperação entre União e o Estado de Mato Grosso do Sul. A proposta será submetida agora à aprovação do colegiado da Corte.

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