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Interior

"Periculosidade concreta", diz juiz ao manter presa idosa que matou marido

Emília Maria matou marido no domingo, em Paranaíba; há 4 anos, ela também assassinou o filho a golpes de faca

Por Dayene Paz | 08/10/2024 15:59
Emília, que já tem passagem por homicídio, ficará presa novamente. (Foto: Direto das Ruas)
Emília, que já tem passagem por homicídio, ficará presa novamente. (Foto: Direto das Ruas)

"(...) necessidade de manter a pessoa presa em razão de sua periculosidade concreta e, com isso, evitar que ela reitere a prática delitual na sociedade", disse o juiz Edimilson Barbosa ao manter presa preventivamente Emília Maria de Jesus, de 71 anos, que matou o marido, João Teodoro do Prado, de 66 anos, a facadas, no domingo (6), na cidade de Paranaíba, distante cerca de 408 quilômetros de Campo Grande.

Emília foi encontrada ensanguentada em frente de casa, no Bairro Daniel II, e confessou ter praticado o crime, mas disse ter agido para se defender. Ferida, ela foi encaminhada ao hospital e depois para a delegacia, onde foi feito o flagrante.

Para o juiz, a periculosidade de Emília está evidenciada. "(...) periculosidade da flagranteada, em tese, é alta, pois ceifou a vida do companheiro quando já tem registro anterior de homicídio doloso, por ter, em tese, matado o filho. A prática de sucessivos homicídios familiares demanda cautelar maior, no caso, a prisão preventiva".

Histórico - Em setembro de 2020, Emília foi presa depois de matar o filho, Agmar Quirino de Almeida, de 50 anos, depois de uma briga. Ela relatou que o filho pegou uma faca e a atacou, fazendo com que Emília caísse no chão. Na sequência, foi chutada por Agmar e os dois entraram em luta, momento em que ela pegou a faca e desferiu contra o filho, que morreu no local.

Viaturas da pax e PM em frente à casa onde ocorreu crime, em 2020, e abaixo, faca utilizada para matar Agmar. (Foto: Reprodução)
Viaturas da pax e PM em frente à casa onde ocorreu crime, em 2020, e abaixo, faca utilizada para matar Agmar. (Foto: Reprodução)

A Polícia Militar encontrou Emília ensanguentada na calçada da residência e ela confessou ter desferido facadas no filho. A perícia encontrou 16 ferimentos na vítima. A idosa chegou a ser presa, mas conseguiu liberdade provisória e respondia em liberdade.

Quatro anos depois, Emília volta a ser presa. No domingo de eleição, 6 de outubro, matou João a facadas, em cena parecida com a morte de Agmar.

Testemunhas contaram para a Polícia Militar que um veículo deixou Emília na frente da casa onde ela morava com a vítima, no Bairro Daniel II, e pouco tempo depois, a idosa foi vista saindo ensanguentada e caiu na calçada do imóvel. A mulher foi socorrida com lesões de facadas, mas sem gravidade.

A polícia ainda tenta entender o que aconteceu dentro da residência do casal, mas vizinhos contaram que os idosos brigavam constantemente. Também relataram que Emília sempre apresentava comportamento agressivo com João Teodoro.

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