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Interior

PF fecha “hotel do crime” e sequestra R$ 3 milhões em repressão a contrabando

Em termos empresariais, local era um hub logístico: entreposto de mercadorias de origem paraguaia

Por Aline dos Santos | 23/10/2024 07:54
Hotel em Dourados foi alvo de operaçao da PF e Receita Federal. (Foto: Divulgação)
Hotel em Dourados foi alvo de operaçao da PF e Receita Federal. (Foto: Divulgação)

A PF (Policia Federal) fechou “hotel do crime” em Dourados e sequestrou R$ 3 milhões de grupo suspeito de atuar em contrabando e descaminho. Deflagrada nesta quarta-feira (23), a operação Toque de Silêncio cumpre mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, sequestro de bens e a suspensão da atividade econômica do hotel, que era utilizado como depósito e entreposto para logística. Todos os mandados são em Dourados.

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A Polícia Federal (PF) desmantelou um "hotel do crime" em Dourados, onde um grupo suspeito de contrabando e descaminho operava, sequestrando R$ 3 milhões e cumprindo mandados de prisão e busca. A operação, chamada Toque de Silêncio, revelou que o hotel servia como um entreposto logístico para mercadorias ilegais, principalmente de origem paraguaia. Durante a ação, foram apreendidos diversos produtos contrabandeados, e os detidos confirmaram a participação do sócio proprietário do hotel nas atividades ilícitas. As mercadorias apreendidas serão enviadas para o depósito da Receita Federal em Ponta Porã.

Os policiais e a Receita Federal atuam num desdobramento da operação Fronteira Legal, que foi realizada em 23 de setembro de 2021.

Com o aprofundamento das investigações, foi identificado que os investigados utilizavam o hotel para apoio aos crimes. Em termos empresariais, era um hub logístico. Ou seja, um entreposto de mercadorias ilegais de origem paraguaia.

 “Ainda se verificou que os investigados buscavam esquivar-se da ação policial/fiscal, evitando abordagens policiais ante a proteção constitucional do domicílio e também estabelecer a troca de ‘equipes’ com divisão de tarefas e fracionamento do percurso, além da divisão da mercadoria de forma que, em caso de apreensão, essa não fosse perdida em sua totalidade”, aponta a PF.

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Na investigação, pessoas foram presas em flagrante por contrabando de cigarros, perfumes, eletrônicos, relógios, roupas, equipamentos para a pesca, essência de narguilé, máquina de fazer aplicação de película de celular. Em depoimento, os presos relataram que iriam armazenar seus produtos no hotel e muitos deles ratificaram a participação efetiva do sócio proprietário do estabelecimento.

As mercadorias apreendidas durante a ação serão levadas para o depósito da Receita Federal em Ponta Porã.

A operação foi batizada com a expressão "Toque de Silêncio" em referência à tradição militar conhecida como "Taps", que simboliza o descanso e o encerramento das atividades. Essa simbologia reflete o destino do hotel, que teve suas atividades encerradas por ser, repetidamente, utilizado para a prática de crimes de contrabando e descaminho.

Matéria editada às 9h59 para acréscimo de informação sobre o nome da operação. 

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