PMA faz ronda noturna na tentativa de afastar onças da área urbana de Corumbá
Ibama e ICMBio ainda não se pronunciaram sobre a situação que preocupa moradores

O avistamento com maior frequência de onças-pintadas na área urbana de Corumbá, nos últimos meses, gerou insegurança e medo dos moradores que habitam áreas próximas ao Rio Paraguai e ao Pantanal e também a demora nas soluções possíveis para afastar esses animais, cuja competência é do Ibama e do ICMBio.
RESUMO
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Onças-pintadas têm sido avistadas com frequência na área urbana de Corumbá, gerando medo nos moradores próximos ao Rio Paraguai e ao Pantanal. A Polícia Militar Ambiental (PMA) realiza rondas noturnas diárias em quatro pontos, utilizando buzinas, barulho e iluminação para afugentar os animais. Essa é uma medida paliativa enquanto o Ibama e o ICMBio, órgãos responsáveis pela fauna silvestre, não se pronunciam. O secretário-executivo de Meio Ambiente, Artur Falcette, pede aos moradores que recolham animais domésticos e não deixem restos de comida. A prefeitura também foi solicitada a limpar a vegetação no entorno das residências. Uma onça, avistada próxima à PRF, já se habituou à presença humana, aguardando-se a decisão dos órgãos federais sobre sua translocação ou outra medida.
Para minimizar a situação, a Polícia Militar Ambiental (PMA) está fazendo rondas noturnas diárias para afugentá-los em quatro pontos. Os policiais têm usado de alguns artifícios, como sonorização (buzina), barulho e iluminação para evitar a permanência das onças nos locais mais frequentes de avistamento, como as áreas de encostas, entre a parte alta da cidade o rio.
A ação do Estado foi anunciada pelo secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc (secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, que se encontra em Corumbá participando da edição pantaneira do Diálogos pelo Clima”, circuito de eventos promovido pela Embrapa em preparação para a COP30.
Aviso aos moradores - Ele disse que é uma medida paliativa, enquanto os órgãos federais não se pronunciam. “Não temos competência para atua na fauna silvestre, mas a PMA foi recomendada a fazer rondas noturnas, ação essa já iniciada, como uma solução provisória enquanto aguardamos uma definição do Ibama e do ICMBio”, observou.
Falcette se encontrou na manhã desta quinta-feira com a diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Cristina Fleming, oportunidade em que discutiram algumas medidas pontuais para tranquilizar os moradores e evitar consequências mais graves com a presença constante dos felinos.

Como parte dessas ações, o secretário de Meio Ambiente gravou um vídeo para as redes sociais onde explica que o Estado não pode intervir diretamente no problema e pede aos moradores que permanecem em suas casas, no período noturno, recolham seus animais domésticos e não deixem resíduos de alimentos espalhados pela comunidade.
Também pediu a prefeitura que faça algumas adequações nesses locais, onde a maioria das residências ocupam áreas irregulares, como a limpeza da vegetação no entorno. O secretário disse que as cobranças para uma solução em relação a presença dos animais na área urbana têm aumentado desde a morte do caseiro Jorge Avalo, em Aquidauana.
Não se intimida - “O Estado tem feito monitoramento dessas situações, não apenas em Corumbá e Ladário, mas em outras regiões, através do Gretap ((Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal), e temos mantido a secretaria conectada com as instituições que atuam no Pantanal, além do Ibama e ICMBio”, explicou.
Falcette adiantou que manteve contato com a PMA e foi informado que a onça-pintada que tem sido avistada com maior proximidade na Rodovia Ramon Gomes, ao lado do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e próximo à fronteira com a Bolívia, já se habituou com o espaço.
“Esse animal já não se sente intimidado com a presença humana, da viatura e da luz ou do barulho. Então, estamos aguardando qual será a definição do Ibama e ICMBio, considerando essa situação específica. Estamos aguardando o que será recomendado, a translocação ou outra medida”, frisou.