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Interior

Prefeito é afastado e profissionais de enfermagem suspendem greve por 48 h

Renata Volpe Haddad | 18/08/2015 14:38
Enfermeiros de Bela Vista entraram em greve na semana passada, pois estão há três meses com salários atrasados. (Foto: Siems/Divulgação)
Enfermeiros de Bela Vista entraram em greve na semana passada, pois estão há três meses com salários atrasados. (Foto: Siems/Divulgação)

Profissionais de enfermagem do Hospital Beneficente São Vicente de Paula em Bela Vista, distante 322 km de Campo Grande, suspenderam a greve por 48h, pois o vice prefeito do município, Douglas Rosa Gomes (PP) assumiu ontem (17) o Executivo e pediu um prazo para poder avaliar as contas de Bela Vista.

De acordo com o presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores da Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lazaro Santana, estava agendado para hoje de manhã uma reunião com o prefeito afastado, Renato de Souza Rosa (PSB), para poder resolver a situação dos profissionais, que estão há três meses sem receber. "Mas com o afastamento, entramos em contato com Douglas e ele pediu esse prazo. Sendo assim, suspendemos a greve por 48h", explica.

Na sexta-feira passada (14), houve reunião com sindicalistas, prefeitura e representantes do governo do estado, pedindo aporte financeiro para regularizar a situação do hospital, porém, nenhum acordo foi fechado. "Chegou para nós a notícia que o governo não pode mais fazer repasse nenhum, agora estamos contando com a prefeitura para que faça o pagamento correto dos salários sem atrasos", afirmou Santana.

A instituição de saúde alega falta de recursos e destaca que o aporte financeiro do governo, no valor de R$15 mil, é insuficiente tendo em vista que as despesas chegam a R$ 650 mil.

Renato de Souza Rosa foi afastado ontem (17) por determinação da justiça que acatou pedido do MPE (Ministério Público Estadual) no prazo de 180 dias. Ele é acusado de improbidade administrativa, como festa de Carnaval superfaturado, locação de máquinas públicas para trabalho em propriedades de parentes e amigos e atraso na folha de pagamento em mais de três meses.

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