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Interior

Prefeito reclama de burocracia que emperra reparos em Aquidauana

Angela Kempfer e Aline dos Santos | 11/03/2011 09:03

Em plena cheia que isolou Aquidauana, uma retro escavadeira que poderia ajudar nos reparos pelo município está parada no estacionamento da prefeitura porque a Caixa Econômica Federal ainda não adesivou o equipamento com a logomarca do banco, responsável pela liberação do dinheiro para a compra.

Esse é só um exemplo, segundo o prefeito Fauzi Suleimam (PMDB), de como a burocracia compromete o socorro. Ele também lembra que na cheia do ano passado foram prometidos R$ 3,2 milhões para obras emergenciais, mas quase metade do dinheiro nunca chegou.

Do total, a cidade ainda espera R$ 1,2 milhões, prometidos pelo governo federal para a construção de 42 casas para ribeirinhos, desabrigados em 2010. Apesar da urgência que demandava o caso, só na sexta-feira passada a prefeitura foi chamada para assinar o contrato com a CEF para a liberação, mais de um ano depois das enchentes.

Este ano, os prejuízos são vinte vezes maiores, com 11 pontes destruídas ou danificadas e estragados por todo município, que atinge desde pavimentação a destruição de imóveis.

O município pede R$ 24 milhões do governo federal,R$ 3,2 milhões só para reconstrução das pontes.

A cidade tem hoje 60 famílias desabrigadas, cerca de 245 pessoas que estão em abrigos públicos. A cheia é a pior desde 1990, quando o rio Aquidauana atingiu 10,4 metros. Desta vez, o nível chegou a 10,15 metros.

As escolas estão sem aula e o escoamento da produção está comprometido.

“Desta vez também queremos recursos para prevenção”, diz o prefeito, explicando que espera vingar projetos para construção de 200 casas para remoção de ribeirinhos e implantação de mais um acesso a Aquidauana, já que neste ano as duas pontes foram interditadas com a elevação do rio.

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