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Cidades

PMs que ficarem foragidos poderão responder processo de deserção

Nadyenka Castro | 26/10/2011 13:25

Doze policiais já estão presos na operação Fumus Malus. Quatro ainda não foram localizados

Policiais presos em Campo Grande foram levados à Corregedoria da PM. (Foto: João Garrigó)
Policiais presos em Campo Grande foram levados à Corregedoria da PM. (Foto: João Garrigó)

Os policias militares que estão sendo procurados na operação Fumus Malus, nesta quarta-feira, podem responder a processo de deserção. A informação é do comandante da PM (Polícia Militar), coronel Carlos Alberto David dos Santos.

Conforme a assessoria de imprensa da corporação, o comandante informou que caso os quatro policiais que ainda não foram presos não se apresentarem, poderão ser responsabilizados por abandono do serviço militar.

Ainda não foram encontrados: o 3º sargento da reserva remunerada Florisvaldo Oliveira dos Santos, o soldado Sidarta Maciel, o cabo Antônio Solidade Silva e o soldado Flávio Inácio Geromini, todos de Naviraí.

Dos 16 mandados de prisão contra policiais, 12 foram cumpridos: três em Naviraí, dois em Itaquiraí, um em Sete Quedas, um em Mundo Novo, um em Iguatemi e quatro Campo Grande.

Um dos militares presos é Clodoaldo Mendonça de Lagoas. Entre os policiais que estão foragidos, dois deles - Florisvaldo e Flávio - já tinham sido expulsos da instituição, mas, retornaram por força de determinação judicial. Já Sidarta responde a processo disciplinar, o qual já está em fase final, em recurso da defesa.

A ação desta quarta-feira é resultado de investigação que começou em outubro de 2010, pela Agência Central de Inteligência da PM, segundo o comando da Polícia Militar, depois de denúncias contra militares que estariam facilitando a passagem de contrabando.

Um primeiro grupo envolvido com o esquema já havia sido preso na segunda-feira, na operação Holambra. A ação terminou com 21 presos, sendo oito policiais militares. Todos os militares vão responder a processo disciplinar e podem ser expulsos da corporação,

A operação, que é realizada pela PM e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), é coordenada pelo GNCOC (Grupo Nacional

de Combate às Organizações Criminosas), Promotor de Justiça Francisco José Lins do Rego Santos.

De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), a ação acontece em Mato Grosso do Sul e mais sete Estados, com objetivo de combater a corrupção policial e outros crimes correlatos, ligados à falsificação e ao contrabando de cigarros.

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