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Economia

Após ano difícil, construção civil aposta em ganho real no salário

Aline dos Santos | 19/01/2015 12:48
Setor teve retração e puxou criação de empregos para baixo em MS. (Foto: Arquivo)
Setor teve retração e puxou criação de empregos para baixo em MS. (Foto: Arquivo)

Apesar do cenário de retração, com demissões que puxaram para baixo a criação de empregos no Estado, a construção civil almeja reajuste de 12,8%, índice que ultrapassa a inflação (6,4%) e dá ganho real para a categoria.

“No ano passado, conseguimos 8%. Agora, os 12,8% é para ficar mais próximo dos outros Estados”, afirma o presidente do Sintracom/CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande), José Abelha Neto.

Caso o reajuste venha conforme o solicitado, o piso salarial para pedreiro, por exemplo, aumenta de R$ 1.085 para R$ 1.223,88.

A categoria, cuja data base é primeiro de março, convocou assembleia para o dia 30 de janeiro. Na pauta, estão reajuste salarial, autorização para ajuizar dissídio coletivo, firmar acordo ou deflagrar greve. Ou seja, todos desdobramentos possíveis para a futura negociação.

Em novembro do ano passado, a construção civil demitiu 1.919 pessoas, sendo a principal responsável pelo déficit da geração de empregos em Mato Grosso do Sul. “A construção teve uma queda, retração do mercado. Mas, querendo ou não, as construções continuam”, afirma o presidente do Sintracom. Ele acredita em recuperação a partir do próximo mês. O setor tem 30 mil trabalhadores em Campo Grande.

Com pedido de reajuste superior a 12%, o Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Imobiliário, Cerâmica e Montagem de Três Lagoas) também fará assembleia no dia 30 de janeiro.

No fim do ano passado, somente a UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), fábrica da Petrobras, demitiu mais de duas mil pessoas. Entretanto, o plano é que a construção retome o fôlego na cidade. “Há expectativa de começar outras obras, abrir mais vagas. No segundo semestre deve retornar as obras da fertilizante”, diz o presidente do sindicato, Aldenisio Santos Sales.

Na previsão do sindicalista, também entram a expansão da Eldorado e da Cargill, além da obra do Hospital Regional em Três Lagoas e uma fábrica de compensado em Água Clara. “Vai melhorar. De abril em diante vai estar alinhando essas coisas”, afirma.

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