Atrasada, colheita do milho chegou a 87,7% da área plantada no Estado
Estiagem atrasou o desenvolvimento das plantas e, como consequência, retardou a colheita, que deve ser 30% menor que a de 2017
A longa estiagem, que neste ano atrasou o desenvolvimento do milho plantado na safrinha em Mato Grosso do Sul, refletiu-se também na colheita do grão, que em 2018 chegou ao menor ritmo dos últimos cinco anos. Até 31 de agosto, a área colhida atingia 87,7% em Mato Grosso do Sul. O número, porém, mostra bom avanço nas estimativas anteriores –em 17 de agosto, a colheita havia atingido 66,3% da área plantada.
Na região norte do Estado, apenas Rio Verde segue com a colheita, mas 90% das áreas já foram processadas. Alcinópolis, Camapuã, Chapadão do Sul, Costa Rica, Coxim, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste e Sonora já finalizaram os trabalhos.
A colheita também terminou em Jaraguari e Terenos, e está acima de 90% em Campo Grande e Nova Alvorada do Sul. Ainda no Centro do Estado, Rio Brilhante e Sidrolândia estão atrasadas, com o total processado estando abaixo de 85%.
A situação também preocupa no Sul, onde nenhum município encerrou a colheita de milho. Itaporã está com os trabalhos avançados, próximos de 100%; e Fátima do Sul, Jateí, Maracaju, Sete Quedas e Vicentina têm mais de 87% de conclusão. Bonito e Jardim estão abaixo dos 50%.
Em geral, a porcentagem de área colhida na safra 2017/2018 é 6,1 pontos percentuais inferior ao registrado em 31 de agosto de 2017.
Mato Grosso do Sul teve semeados 1,7 milhão de hectares na atual safra de milho safrinha (cerca de 100 mil hectares a menos que o plantio anterior) e sofreu com a estiagem –o tempo seco não favoreceu o crescimento das plantas. Em meados de agosto, a colheita estava 14,6 pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos –de 79,2% do total plantado para o período.
A estimativa é de uma colheita de 6,9 milhões de toneladas, quase 30% abaixo dos 9,8 milhões da safra 2016/2017.
