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Economia

Crédito para pessoas físicas atingiu R$ 91,4 bilhões em MS

Saldo de crédito para pessoas jurídicas chegou a R$ 33,8 bilhões no mesmo período, aponta a FCDL

Por Mylena Fraiha | 23/12/2024 15:19
Consumidor passando cartão de crédito em comércio (Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)
Consumidor passando cartão de crédito em comércio (Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

O crédito para pessoas físicas em Mato Grosso do Sul atingiu R$ 91,4 bilhões em outubro de 2024, conforme o Termômetro do Varejo da FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul), baseado em dados do Banco Central. Já o saldo de crédito para pessoas jurídicas chegou a R$ 33,8 bilhões no mesmo período.

O saldo de crédito considera a soma dos valores em aberto – vencidos ou a vencer – das operações de crédito e financiamento, explica a FCDL. Na comparação com outubro de 2023, o saldo de crédito para pessoas físicas teve um crescimento de 6,6%, enquanto o crédito para pessoas jurídicas avançou 11,4%. Apesar do crescimento, a inadimplência também preocupa: 3,9% no segmento de pessoas físicas e 3,1% em pessoas jurídicas.

Já o mercado de trabalho no MS encerrou o terceiro trimestre de 2024 com uma taxa de desemprego de 3,4%, a menor em anos. A força de trabalho soma 1,5 milhão de pessoas, com 1,45 milhão ocupadas e 52 mil desempregadas.

Entre janeiro e outubro, foram criados 26.972 postos formais de trabalho no Estado, liderados pelo setor de serviços, com 12.958 vagas, seguido pela indústria, com 7.876. Em Campo Grande, o setor de serviços também liderou, com 4.107 vagas das 8.712 criadas no período.

Por outro lado, renda média caiu para R$ 3,5 mil no terceiro trimestre, abaixo do mesmo período de 2023, o que reflete a desaceleração econômica, de acordo com a FCDL.

Dados por setores - Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o comércio varejista de Mato Grosso do Sul registrou alta de 0,4% nas vendas em outubro de 2024 em relação a setembro. Já o varejo ampliado, que inclui segmentos como veículos e materiais de construção, cresceu 2,0% no mesmo período.

Embora o comércio varejista acumule crescimento de janeiro a outubro, o varejo ampliado sentiu os efeitos da desaceleração econômica, com quedas em setores como veículos e construção.

De janeiro a outubro de 2024, o setor de serviços registrou queda de 6,3% em Mato Grosso do Sul, contrastando com a média nacional de crescimento de 3,2%. A produção industrial, por sua vez, cresceu 5,5% no acumulado do ano, mas tem peso menor no PIB estadual.

No setor agropecuário, a produção de grãos enfrenta uma queda de 29,3% em 2024, impactada por adversidades climáticas, enquanto a média nacional registra retração de 6,9%. Após anos de desempenho acima da média nacional, o agronegócio sul-mato-grossense enfrenta desaceleração.

Balança comercial - Além disso, a FCDL aponta que a balança comercial de Mato Grosso do Sul acumula saldo positivo de US$ 6,7 bilhões de janeiro a novembro, mas o número é inferior aos US$ 7,1 bilhões registrados no mesmo período de 2023. O recuo é atribuído à queda de 5,6% nas exportações e de 3,7% nas importações.

Já a inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), cresceu 5,1% em Campo Grande no acumulado dos 12 meses encerrados em novembro, acima da média nacional de 4,9%. O índice está acima da meta de 3,0% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional.

“Com quase todos os dados de 2024 disponíveis, já é possível traçar um panorama do ano. Foi um período de desafios para a economia sul-mato-grossense, marcada por adversidades climáticas que afetaram a produção agrícola e por uma desaceleração em serviços e comércio. Mesmo assim, o mercado de trabalho se manteve resiliente, com criação de empregos formais, embora a renda tenha sido impactada”, avaliou a presidente da FCDL-MS, Inês Santiago.

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