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Economia

Dólar recua a R$ 5,56 após tensão com EUA e promessa de negociação

Cotação da moeda americana recua 0,41% e Ibovespa avança 0,59%

Por Gustavo Bonotto | 21/07/2025 19:00
Dólar recua a R$ 5,56 após tensão com EUA e promessa de negociação
Cédulas do dólar, moeda norte-americana usada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial fechou em queda de 0,41% nesta segunda-feira (21), cotado a R$ 5,56, enquanto o Ibovespa subiu 0,59% e encerrou o dia aos 134.167 pontos. A desvalorização da moeda americana e o avanço da bolsa refletiram a reação do mercado às tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e à entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o "tarifaço" imposto pelo governo Trump.

RESUMO

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Mercado reage a tensões diplomáticas e dólar cai 0,41%. Ibovespa sobe 0,59%, impulsionado por ações da Vale.A desvalorização do dólar e a alta do Ibovespa refletem a reação do mercado às tensões entre Brasil e EUA e às declarações do ministro da Fazenda. Haddad afirmou que o Brasil não abandonará as negociações sobre as novas tarifas americanas. A valorização de moedas emergentes e o anúncio de um megaprojeto hidrelétrico na China também contribuíram para o cenário. O relatório Focus, com projeção de inflação para 2025 em queda, trouxe otimismo, enquanto a falta de consenso entre EUA e União Europeia sobre tarifas gerou cautela global.

A revogação dos vistos americanos de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do PGR (Procurador-Geral da República), anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na sexta-feira, aumentou a pressão sobre o câmbio no início do dia. No entanto, a sinalização do governo brasileiro de que continuará nas negociações amenizou o clima e favoreceu o real frente ao dólar.

Fernando Haddad afirmou à rádio CBN que o Brasil “não vai sair da mesa de negociação” e que o presidente Lula determinou a manutenção do diálogo com os Estados Unidos. Ele também informou que a equipe econômica prepara um plano de contingência para proteger setores afetados pelas novas tarifas de importação.

Além da fala do ministro, a valorização das moedas emergentes no exterior contribuiu para a queda do dólar. O bom desempenho da bolsa brasileira foi impulsionado pelas ações da Vale, que subiram quase 3% com a alta do minério de ferro. O movimento ocorreu após a China anunciar um megaprojeto hidrelétrico de US$ 170 bilhões, o maior desde a usina de Três Gargantas.

O relatório Focus, divulgado nesta segunda pelo Banco Central, também ajudou a melhorar o humor do mercado. A projeção de inflação para 2025 caiu pela oitava semana seguida, passando de 5,17% para 5,10%, ainda acima da meta de 4,5%. A estimativa para o PIB foi mantida em 2,23% e os juros devem seguir em 15% ao ano.

No exterior, a falta de consenso entre Estados Unidos e União Europeia sobre as tarifas aumentou a cautela global. Diplomatas relataram propostas divergentes da equipe americana nas negociações em Washington, o que elevou o risco de retaliações por parte do bloco europeu.

O dólar acumula queda de 0,41% na semana e recuo de 9,96% no ano. Já o Ibovespa acumula alta de 11,54% em 2025, apesar da queda de 3,38% no mês.

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