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Economia

Laticínio deve meio milhão a produtores de leite e promete pagar nesta semana

Caroline Maldonado | 30/06/2014 10:22
Produtores aguardam pagamento pelo fornecimento de leite (Foto: Eder Rolin)
Produtores aguardam pagamento pelo fornecimento de leite (Foto: Eder Rolin)

Há mais de 50 dias sem receber pelo fornecimento de leite ao grupo LBR (Lácteos Brasil), 136 produtores de Mato Grosso do Sul, esperam receber uma dívida que chega a R$ 500 mil até quinta-feira (3). O prazo foi informado aos produtores depois que alguns suspenderam o fornecimento e ameaçaram uma manifestação. De cordo com o produtor Eder Rolin, 84 fornecedores já receberam os pagamentos até a última sexta-feira (27).

“Foram pagas as dívidas menores, que não passam de R$ 2 mil. Nós esperamos que os prazos sejam cumpridos e que não seja um golpe do grupo para conter nossa manifestação”, afirmou Eder, que reside em São Gabriel do Oeste, a 140 quilômetros de Campo Grande. Segundo ele, a empresa se comprometeu a quitar hoje (30), as dívidas de até R$ 5 mil; na terça-feira (1º), os valores de até R$ 10 mil; na quarta-feira (2), os pagamentos de até R$ 20 mil e na quinta-feira (3), as dívidas que ultrapassam R$ 20 mil.

Em nota, a LBR informou que está em dia com o pagamento de todos os produtores que mantém o fornecimento normal de leite para a empresa. “A LBR ainda esclarece que está preparada para normalizar a situação com os demais produtores, desde que eles retornem a fornecer os níveis usuais da matéria-prima para a empresa”, afirma o grupo, em nota divulgada pela assessoria de imprensa. O grupo está em recuperação judicial, desde março de 2013.

De acordo com o produtor, a falta de pagamento foi uma “retaliação” da empresa, já que os produtores suspenderam o fornecimento, pois estavam sem receber os últimos pagamentos. “Nós apenas queremos que as dívidas sejam pagas, pois já temos bastante dificuldades para produzir e depois que fazemos a entrega, recebemos o pagamento referente aos 30 dias, após 20 dias, ou seja, a empresa tem tempo de sobra para se organizar e ainda tem incentivos fiscais que nós não temos”, explica.

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