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Economia

Preço tem a maior alta do País e tomate volta a ser vilão da cesta básica

Lidiane Kober | 11/03/2014 18:44

O preço do tomate disparou em Campo Grande e a fruta voltou a ser a vilã da cesta básica. O aumento, inclusive, foi o maior registrado entre 18 capitais brasileiras, de acordo com levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos). O cidadão sentiu no bolso a elevação e, pelo menos por enquanto, está deixando o tomate de fora do carrinho do supermercado.

Em fevereiro, segundo o Dieese, a fruta custou, em média, R$ 4,23, 47,9% a mais que em janeiro. A alta foi uma das principais causas da variação de 1,22% da cesta básica, após queda 4,19% no mês anterior. Por isso, em fevereiro, o trabalhador pagou R$ 292,09 pelos 13 itens da cesta contra R$ 288,57, em janeiro.

Para piorar a situação, conforme o IPC-CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), a onda de aumento do tomate pegou impulso em março e a fruta está custando, em média, R$ 6,84 na Capital, 142% a mais que os R$ 2,82 registrados em janeiro.

“Nossa, está muito caro mesmo”, disse a farmacêutica Bruna Amaripes, 19 anos, após se deparar com o preço do tomate em supermercado do Bairro Tiradentes. “Para piorar a situação, a fruta está feia”, emendou. “Não dá para levar”, concluiu.

Ela contou ainda que a família não compra produtos em momento de alta. “A gente opta por frutas e verduras da estação”, ressaltou.

Do mesmo estabelecimento, a manicure Leila de Oliveira, 38 anos, desistiu de comprar o tomate e o substituiu pela alface. “Vou voltar em dia de feira para ver se o preço abaixa um pouco”, comentou.

A variação, segundo o Dieese, é reflexo de seca registrada em fase de plena colheita, nas regiões produtoras do sul e sudeste.

Outros produtos - Além do tomate, aumentaram de preço o café (2,53%) e o leite (0,44%). Por outro lado, registraram retração a banana (-18,08%), a batata (-8,56%), o feijão (-2,68%), a manteiga (-2,57%), o açúcar (-2,38%), a farinha de trigo (-1,69%), a carne (-1,49%), o arroz (-1,36%), o pão francês (-1,07%) e o óleo de soja (-0,62%).

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