Da África para a UFMS, jovem comemora começo na Medicina com calourada
Hoje foi dia de recepção dos novos alunos, com trote e apresentação dos professores

Eliana Batista cruzou o Oceano Atlântico para estar hoje cedo no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e começar a cursar Medicina. O histórico de acolhida pesou para a jovem estrangeira de 22 anos, de São Tomé e Príncipe, escolher a instituição. Ela disse que sabe que vai ter momentos “de quedas”, mas espera contar com a solidariedade dos colegas.
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Eliana Batista, uma jovem de 22 anos de São Tomé e Príncipe, atravessou o Oceano Atlântico para realizar seu sonho de cursar Medicina na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). A estudante africana escolheu a instituição pelo histórico de acolhimento e ambiente propício aos estudos. No primeiro dia de aula, enquanto calouros de outros cursos, como Farmácia, participavam do tradicional trote com farinha e ovos, novos alunos também foram recebidos com atividades culturais programadas pela universidade. Entre os calouros, destaque também para Andrielly Louranny, 17 anos, e Maria Victoria Rodrigues, 18 anos, que celebraram a conquista da vaga na instituição. A UFMS preparou uma série de eventos de recepção tanto na Capital quanto nas unidades do interior ao longo do mês.
A estudante contou que fez a prova em seu país, reuniu a documentação e veio estudar. As imagens também ajudaram na escolha. Ela destacou o “lugar calmo”, propício para se preparar para se tornar médica.
Para os veteranos, as aulas já começaram esta manhã. Os calouros teriam uma acolhida pelos colegas, apresentação aos professores e, alguns, passariam pelo trote. Teve alunos de cursos que escolheram receber os novatos com ovos e farinha, caso da Farmácia.
Andrielly Louranny, de 17 anos, chegou animada para o começo no curso. Os novatos e veteranos se encontraram no Paliteiro, tradicional monumento na entrada da UFMS. Feitas apresentações, os calouros tiveram que andar de mãos dadas, cantando. A reportagem pôde conferir que jogaram farinha nos jovens e veteranos carregavam cartela com ovos. No Estado, há lei que proíbe que o trote violento, como ocorria no passado, com uso de bebida alcoólica e até mesmo castigos físicos.
A adolescente disse que chegar à UFMS foi realizar um sonho, fruto de dedicação para o vestibular da universidade.
Maria Victoria Rodrigues, 18 anos, chegou à instituição cedo para a recepção do curso de Jornalismo. Também citou a alegria de passar na universidade. A coordenação recebeu os alunos e ainda não sabiam como seria a interação com os veteranos. Ela disse que estava com o “coração nervoso e disparado”, mas que sobrava animação.
A UFMS programou uma série de atividades culturais na Capital e no interior para a recepção dos alunos ao longo do mês.