Mãe protesta por falta de ventiladores em escola e bebedouro com água quente
Ainda de acordo com a mãe, a filha usou short por conta do calor e foi impedida de entrar na escola
Danielle Silva Ferreira, de 33 anos, moradora do bairro Jardim Paulista, em Campo Grande, protestou em frente à Escola Estadual Orcirio Thiago de Oliveira, onde a filha de 16 anos estuda no período da tarde. A mãe diz que os ventiladores não funcionam, os bebedouros estão sem água gelada e a filha dela foi impedida de entrar em sala de aula porque estava de short jeans.
A mãe afirma que desde o início as aulas, a escola foi alvo de furto de fiação, o que acabou interferindo no funcionamento dos aparelhos de ar-condicionado e dos ventiladores instalados em algumas salas. Com os termômetros chegando a ultrapassar os 40°C em Campo Grande nos últimos dias devido à onda de calor, difícil aguentar ficar em sala de aula sem algo para refrescar.
A mãe diz que a filha não quer mais ir a escola e pediu para ser transferida para a parte da manhã. “Não está funcionado nenhum ventilador da sala da minha filha. A água do bebedouro está sendo servida quente, pois está estragado. Minha filha é especial, usa aparelho auditivo e já não quer mais nem estudar na escola por causa do calor. Ela foi de short hoje e não deixaram ela entrar”, conta.
Danielle conta que foi até a escola no primeiro trimestre do ano e conversou com o diretor sobre a falta de aparelhos de ventilador. Segundo ela, a promessa era de logo haveria o conserto, mas o problema continua.
“Vamos entrar no mês de outubro e está na mesma situação. Minha filha ficou doente duas vezes com infecção de urina por conta disso tudo. Eu quero uma solução. Não aguento mais. Nem que eu peça sozinha porque os outros pais não tem tempo”, conta.
Segundo ela, a filha de 16 anos, está no ensino médio e tudo o que pede é água fresca e um bom ambiente. “Montei um grupo com professores, alunos e pais. Todos reclamam disso. Falei com o diretor Carlos para me dar um ofício para eu ir atrás, falar na governadoria ou com vereadores. Ele não quis e disse que estava resolvendo. Mas não resolveu nada”.
Danielle afirma que vai registrar boletim de ocorrência e chegou a acionar a Polícia Militar, mas a equipe não compareceu e orientou a mãe.
Uma mulher de 46 anos, também mãe de aluno, que prefere não ser identificada, foi até o local e conversou com a reportagem. Ela afirma que a filha é autista e que foi trocada de sala por conta de uma obra na escola. "Me parece que tem alunos no pátio tendo aula porque os ventiladores não funcionam. A escola está em obras e alguns alunos estão sendo prejudicados", conta.
A SED (Secretaria Estadual de Educação) informou que por conta da alta demanda de energia elétrica houve comprometimento do funcionamento de parte dos equipamentos da escola. "A situação já foi repassada ao setor responsável pela manutenção para a solução", diz a nota.
Ainda de acordo com a Secretaria, a informação sobre uma possível ida da Polícia Militar não procede. A direção da escola informou que a mãe de um estudante foi até o local e se mostrou exaltada.
Sobre o uso do short na escola, a SED diz que "no regimento escolar existe uma orientação quanto ao uniforme, que consiste na camiseta e calça".
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