Para quem vive em bairros infestados de dengue, poder público falha no combate
Sete bairros da Capital foram destacados com alto risco da doença na última semana
De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), sete bairros de Campo Grande foram classificados como de alto risco para a dengue na última semana. Até o dia 25 de fevereiro, a pasta informou que 287 casos da doença foram confirmados na Capital, e em janeiro foram 506 casos. Por conta desse cenário, o Campo Grande News quer saber: você acredita que as autoridades estão adotando medidas eficazes de combate à dengue?
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A cidade de Campo Grande enfrenta um aumento nos casos de dengue, com sete bairros classificados como de alto risco. Até fevereiro, 287 casos foram confirmados, com 506 em janeiro. Moradores do bairro Tiradentes reclamam de terrenos baldios que acumulam lixo e servem de criadouros para o mosquito Aedes aegypti. Eles criticam a falta de ação das autoridades e sugerem multas para donos de terrenos sujos. A prefeitura disponibiliza canais para denúncias, mas a população questiona a eficácia das medidas adotadas. O Ministério da Saúde alerta para a gravidade da dengue e recomenda procurar atendimento médico em caso de sintomas.
Participe da enquete e responda se "Sim" ou "Não" na capa do jornal ou no fim da matéria. Deixe sua opinião nas nossas redes sociais! Instagram ou Facebook.
No Tiradentes, bairro que registrou alto índice de risco para a dengue nas primeiras semanas do ano, moradores reclamam principalmente dos terrenos baldios espalhados pela região. Com mato alto e lixo acumulado, esses terrenos acabam se tornando criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.
A moradora Conceição Figueiredo acredita que a dengue está avançando, mesmo com a vacinação disponível e o fumacê, devido à falta de limpeza nos terrenos baldios. Ao lado de sua residência, a dona de casa relatou que os próprios moradores tentam cuidar de um lote tomado pelo mato e lixo, mas que falta a iniciativa do poder público para resolver o problema.
“O povo é muito relaxado, vem de outros lugares jogar lixo aí. A gente pede para não jogar, mas teimam em jogar. E fazer o quê? Se a gente reclama, arruma confusão. Então, temos que largar de mão, porque as autoridades não tomam atitude”, lamentou Conceição.
Flávio Yule e Osmalina Olímpio, também moradores do Tiradentes, reclamam dos terrenos do bairro que acumulam lixo e entulho. Eles apontam que a manutenção desses lotes deveria ser uma prioridade para as autoridades no combate à dengue, já que o fumacê passa apenas por algumas ruas da região.
“Deveria multar os donos dos lotes, porque está tudo sujo. Nós limpamos nossa casa, quem tem piscina precisa mantê-la limpa e pagar por isso. E por que eles não cuidam desses terrenos? A prefeitura cobra imposto, e não é barato. Por que não cobra imposto para manter esses terrenos limpos?”, questionou Osmalina.
Atualmente, os bairros Cabreúva, Cruzeiro, Chácara dos Poderes, Dr. Albuquerque, Bandeirantes, Alves Pereira e Guanandi continuam classificados como de alto risco para a dengue. Até a última semana, foram registradas 793 notificações da doença e 16 casos confirmados de chikungunya.
Para denunciar terrenos baldios, o cidadão pode ligar para a Central de Atendimento 156, na Ouvidoria, através do número 3314-9955, utilizar o aplicativo Fala Campo Grande 156 ou acessar o site fala.campogrande.ms.gov.br. O Ministério da Saúde alerta que a dengue pode evoluir para formas graves e até causar mortes.
Em casos de febre acima de 39°C, dores de cabeça, dores musculares e/ou articulares, prostração e dor atrás dos olhos, o Ministério da Saúde recomenda que a pessoa procure imediatamente um serviço de saúde.