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Na mudança da favela, maior estrutura é a da segurança

Waldemar Gonçalves | 16/03/2016 06:00

Segurança máxima – O esquema de segurança montado para transferir moradores da favela Cidade de Deus chamava a atenção por onde passava, ontem à tarde. As famílias deixaram a área, ao lado do lixão, para ocupar outra, no limite do perímetro urbano da cidade, na região da Vila Nasser. Para levá-las de um ponto ao outro, a Prefeitura de Campo Grande usou três ônibus, vários caminhões de mudança, viaturas da Guarda Civil Municipal e da Defesa Civil, sob escolta de batedores da GCM.

Que recepção – No entanto, ao chegarem ao novo loteamento, que por si só já fica no meio do nada, os moradores da favela sequer foram recebidos com uma estrutura de acolhimento pronta. Enquanto a garoa começava a precipitar, os funcionários começavam a montar as tendas para que os funcionários da agência do sistema municipal de habitação formalizassem a assinatura de um contrato.

No improviso – Havia alguns banheiros químicos no local, amontoados. Pela falta de quem orientasse os novos moradores, uma mulher chegou a levar a filha para fazer as necessidades no meio do mato.

Decepção – O deputado estadual Renato Câmara disse que vai ficar decepcionado com Geraldo Rezende caso ele deixe o PMDB para ir pra o PSDB. Comenta que o próprio deputado federal organizou uma prévia no partido, em que todos apoiaram seu nome. “Todos nós levantamos as mãos, se ele sair agora será uma decepção”.

Alternativa – O deputado estadual Eduardo Rocha confirmou que levou Felipe Orro para conversar com o ex-governador André Puccinelli. O líder peemedebista abriu as portas do partido para o parlamentar, segundo Rocha. “Agora, esperamos a sua resposta. Se vier será mais uma alternativa para a prefeitura de Campo Grande”, conclui.

Mudanças na Câmara – A última semana da janela partidária também segue movimentando a Câmara Municipal de Campo Grande. O Solidariedade pode passar de um para três vereadores até a próxima semana. A legenda, que tem hoje apenas Herculano Borges, receberá o médico Eduardo Cury, de saída do PT do B, até sexta-feira. Ainda não confirmado, mas quase em fim de noivado, Roberto Durães pode ser o terceiro do partido na casa.

Indefinições – Ainda na Câmara Municipal, dois peemedebistas e ex-presidentes da casa estão com futuro incerto. Mario Cesar tem convite para o PSB, da deputada federal Tereza Cristina, mas está sem pressa de decidir por não ter planos de disputar a reeleição. Paulo Siufi ameaçou deixar o partido reclamando falta de espaço e respeito, chegou a conversar com Reinaldo sobre eventual migração ao PSDB, mas ultimamente não tem mais tocado no assunto.

Tem que ir – Luiz Henrique Eloy, advogado do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), foi avisado pela Justiça de que está autorizado a não responder, mas deve comparecer à CPI da Assembleia Legislativa que investiga se a instituição inflama o conflito entre índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul. A ida está agendada para a tarde desta quarta-feira (16).

Coercitiva – O deputado estadual Pedro Kemp (PT) explicou que houve uma nova convocação da CPI do Cimi para Dr. Eloy. Ele espera que o advogado compareça para evitar uma – agora famosa – condução coercitiva. Desde o início, o petista foi contra essa decisão, que definiu como exagero, já que o depoente poderá ficar em silêncio durante toda a reunião.

Embaixadora – A cantora Delinha é, oficialmente, a Embaixadora da Cultura de Campo Grande. O prefeito, Alcides Bernal (PP), sancionou na segunda-feira à noite projeto aprovado pela Câmara Municipal dando a ela o título. Quando a proposta foi aprovada, no começo de fevereiro, Delinha revelou que, a exemplo de outros artistas locais, também tem cachês não pagos pela Prefeitura.

(com a redação)

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