Parceiros no amor, Jonas e Andressa driblam a rivalidade no futebol
Ela é fanática pelo Palmeiras, ele é maluco pelo Flamengo, mas o casal fala como sobrevive torcento oposto

No amor, um verdadeiro entrosamento. No futebol, a relação do mecânico em refrigeração Jonas Viana de Oliveira, de 35 anos, e da arquiteta Andressa Melo de Oliveira, de 32, está mais para um clássico de rivalidade. Na vida dos dois, o que sobra de sintonia no casamento, faltou na hora da torcida de futebol: ele é Flamengo. Ela, Palmeiras.
E se futebol fosse critério para o amor, a relação de quase 20 anos teria sido encerrada logo no primeiro tempo. No entanto, o casal é a prova de que é possível conviver entre dribles e provocações sem levar cartão vermelho no casamento.
O romance começou há quase duas décadas. Desde então, eles construíram uma vida juntos, sempre respeitando a paixão de cada um. "Já tentei convencer ele a mudar de time, mas não tem jeito. Eu também não mudo!" conta Andressa.
A rivalidade vem de berço. Andressa nasceu e cresceu em uma família toda palmeirense. "Até os cachorros da minha mãe se chamam Leila e Dudu, por causa do Palmeiras", revela.
O amor pelo time levou a arquiteta até o Allianz Parque, estádio do 'Verdão'. Lá, a emoção foi tanta que ela até chorou. "Fomos eu, meus pais, meu irmão, meu filho e até o Jonas foi! O coitado nunca foi ao Maracanã, mas carreguei ele pra o Allianz comigo", brinca.
Jonas, por sua vez, herdou o rubro-negro no DNA. "Minha família inteira é flamenguista. Fui criado vendo jogos com eles. Meu momento mais marcante foi assistir à final da Supercopa de 2019 em Brasília", conta. Ele conta que até aceitou acompanhar a esposa nos compromissos palmeirenses, mas já deixou claro que a dívida precisa ser paga: "Agora, ela tem que ir comigo ao Maracanã", afirma.
Para a paz conjugal reinar, o casal explica que tem suas regras. Nos dias de jogos do Flamengo ou do Palmeiras, cada um segue seu caminho: Andressa assiste na casa dos pais, enquanto Jonas vai ver a partida com a família ou se reúne com amigos. "Se a gente assiste junto, dá briga. Melhor evitar", explica a arquiteta.
A rivalidade está até na pele: Jonas tem uma tatuagem de um menino indo para o Maracanã com o Cristo Redentor ao fundo, enquanto Andressa tatuou um pequeno escudo do Palmeiras nas costas.
Com pais torcendo em lados opostos, o dilema do filho do casal, de 11 anos, deixa a casa ainda mais dividida. Até uma festa de aniversário do menino já teve decoração para agradar as duas torcidadas, metade Palmeiras, medade Flamengo.
"Quando ele está comigo, veste verde. Quando sai com o pai, usa vermelho e preto", diz Andressa. Jonas completa: "Ele ainda não escolheu, mas espero que tome a decisão de ser flamenguista", afirma o pai.
Mesmo em lados opostos no futebol, o casal mantém a harmonia e explica a fórmula. "O segredo é respeitar a escolha do outro. Eu sou palmeirense e isso não muda. Ele é flamenguista e também não muda. Então, o jeito é cada um torcer no seu canto e viver em paz", aconselha Andressa.
Confira a galeria de imagens:
Siga o Lado B no WhatsApp, um canal para quebrar a rotina do jornalismo de MS! Clique aqui para acessar o canal do Lado B e siga nossas redes sociais.