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Meio Ambiente

Cinco dias depois, Rio da Prata ainda está turvo e turistas sumiram

Água é famosa pelo tom cristalino, mas precipitação com barro deixou rio "cor de lama"

Mayara Bueno | 21/11/2018 17:22
Rio da Prata ainda em tom diferente do cristalino da região. (Foto: Divulgação).
Rio da Prata ainda em tom diferente do cristalino da região. (Foto: Divulgação).

Mesmo depois de cinco dias da chuva que levou água barrenta, o Rio da Prata, em Jardim, ainda não voltou à cor normal, o que afastou os turistas desde então. Nesta quarta-feira (dia 21), a imagem mostra um rio com um tom esverdeado, bem menos barrento do que no domingo (dia 18), mas ainda longe da transparência natural.

Segundo Diego Scherer Luciano, dono de um balneário que corta o Prata, geralmente, quando a chuva causa turbidez ao rio, a cor natural volta em três e quatro dias. 

O proprietário do balneário afirmou que a água está voltando a ficar límpida “aos poucos”, diferente de antes, quando levava de três a quatro dias. “Creio que no sábado o rio esteja bom”. No entanto, a mudança na tonalidade tão famosa afastou gente que ia ao local especificamente por isso. "Desde que sujou o rio sumiram os turistas", lamenta.

Rio da Prata em sua coloração natural. (Foto: Divulgação)
Rio da Prata em sua coloração natural. (Foto: Divulgação)

Comitê

A situação gerou preocupação do Governo de Mato Grosso do Sul, que a considerou como “grave” e abriu um comitê para adoção de medidas emergenciais.

Conforme o governo, a primeira ação será a correção dos pontos críticos, em especial no Rio da Prata. As ações, ainda assim, buscam solucionar problemas em outros rios de Jardim e Bonito. O comitê também definiu que a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) vai realizar a manutenção das estradas na região, para impedir que a enxurrada leve os sedimentos para os rios.

A PMA enviou equipes para investigar a lama que atingiu o Rio da Prata. Os policiais identificaram uma fazenda, localizada a 2 km da região afetada, onde há plantio de soja.

Para identificar, a PMA usou drone para registro de imagens aéreas. A conclusão foi de “possibilidade do sedimento ter saído de uma fazenda de plantio de soja, com terreno gradeado e a cultura em estágio inicial”.

A terra seria arrendada para outra pessoa, que deve ser identificada. Um relatório sobre o caso foi enviado pela PMA ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

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