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Meio Ambiente

Com investimento de R$ 6,7 milhões, Taquari ganha projeto de restauração

Iniciativa visa recuperar áreas degradadas e promover sustentabilidade no Cerrado e Pantanal

Por Gabriela Couto | 03/02/2025 14:40
Com investimento de R$ 6,7 milhões, Taquari ganha projeto de restauração
Imagem aérea de erosão em local que receberá projeto milionário (Foto: Agro Agência)

O Rio Taquari, um dos principais rios do Pantanal, recebe um investimento de R$ 6,7 milhões para a implementação do projeto “Caminhos das Nascentes: Restauração Ambiental na Bacia do Taquari”, que promete transformar a paisagem e fortalecer a sustentabilidade da região.

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O Rio Taquari, no Pantanal, receberá R$ 6,7 milhões para restauração ambiental em 378 hectares, com foco em combater erosão e assoreamento. A iniciativa, com duração de quatro anos, envolve o Instituto Taquari Vivo, SOS Pantanal, IMASUL, UFMS e Prefeitura de Alcinópolis. Serão recuperadas áreas degradadas, com plantio de árvores e manejo do solo, beneficiando 160 produtores rurais com práticas sustentáveis e geração de empregos. O projeto visa revitalizar o rio, restaurar a biodiversidade e garantir sua saúde a longo prazo, com apoio do Funbio e BNDES.

A iniciativa, que tem início previsto para este ano, é uma parceria entre o Instituto Taquari Vivo, SOS Pantanal, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Prefeitura de Alcinópolis, e foi aprovada pelo Edital Floresta Viva – Corredores de Biodiversidade.

Ao longo de quatro anos, o projeto se concentrará na restauração de 378 hectares de áreas estratégicas localizadas na Bacia do Rio Taquari, abrangendo o Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari e o Monumento Natural Municipal Serra do Bom Jardim, nos municípios de Costa Rica e Alcinópolis, no estado de Mato Grosso do Sul.

O foco será combater problemas como a erosão e o assoreamento, que prejudicam a qualidade da água e a biodiversidade local, afetando tanto o Cerrado quanto o Pantanal.

De acordo com Renato Roscoe, diretor-executivo do Instituto Taquari Vivo, a união de ciência e prática será fundamental para garantir a eficácia do projeto. “Estamos implementando soluções que terão impactos duradouros na recuperação ecológica e no equilíbrio ambiental e produtivo da região”, afirmou Roscoe, que já atua na área há três anos com projetos de recuperação de áreas degradadas.

Com investimento de R$ 6,7 milhões, Taquari ganha projeto de restauração
Imagem mostra caminho onde o Rio Taquari percorria após assoreamento (Foto: Agro Agência)

O projeto prevê, entre outras ações, a recuperação de 400 hectares de pastagens degradadas na Fazenda Continental e de outros 500 hectares na Fazenda São Tomás, locais que também serão beneficiados pelas ações.

O fiscal ambiental e assessor técnico do Imasul, Rômulo Louzada, destaca a importância das técnicas de restauração ativa, como o plantio de árvores e a implementação de práticas de manejo e conservação do solo e da água. "O objetivo é restabelecer a vegetação nativa e promover o uso responsável dos recursos naturais", explicou Louzada.

Além do impacto ambiental, a iniciativa beneficiará mais de 160 produtores rurais, que serão capacitados para adotar práticas agrícolas mais sustentáveis. A geração de empregos também é um dos pilares do projeto, que visa fortalecer a cadeia produtiva da restauração ecológica e aumentar a demanda por sementes e mudas nativas.

Para Leonardo Gomes, diretor-executivo da SOS Pantanal, o projeto é um passo importante para mitigar danos ambientais acumulados ao longo das últimas décadas. "Este é um esforço conjunto entre setor público, privado e acadêmico para revitalizar um dos principais rios do Pantanal, com o objetivo de restaurar sua biodiversidade e garantir sua saúde a longo prazo", afirmou Gomes.

O projeto é coordenado por Letícia Koutchin Reis, que ressalta o papel transformador da iniciativa na Bacia do Taquari. "Nosso objetivo é tornar a região um exemplo de recuperação ambiental aliado a práticas produtivas sustentáveis, garantindo o equilíbrio entre o meio ambiente e as necessidades das comunidades locais", concluiu Letícia.

A restauração ecológica do Rio Taquari é apoiada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e faz parte de uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que busca fomentar projetos de restauração ecológica com espécies nativas em todos os biomas brasileiros.

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