Sumiram os radares? Prefeitura explica retirada dos equipamentos na Capital
Agetran garante que novos aparelhos serão reinstalados em até 30 dias, com fase educativa
Quem passa pelas principais avenidas de Campo Grande tem reparado que os radares de fiscalização eletrônica estão sumindo das ruas. Equipamentos antes fixados em locais movimentados, como o Viaduto da Afonso Pena, Avenida Mato Grosso e Avenida Prefeita Lúdio Coelho (Vovó Ziza), foram removidos nos últimos dias, chamando a atenção de motoristas acostumados a reduzir a velocidade ao se aproximar dos pontos.
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A Prefeitura de Campo Grande iniciou a retirada dos radares de fiscalização eletrônica das principais avenidas da cidade. A ação faz parte do processo de transição para um novo contrato, firmado com o Consórcio CG Segura, no valor de R$ 47,9 milhões e vigência de dois anos. Segundo a Agetran, os equipamentos serão reinstalados em até 30 dias, seguidos por uma fase educativa de 15 dias sem aplicação de multas. O novo sistema monitorará 212 faixas de trânsito, com tecnologia de última geração, oferecendo monitoramento em tempo real e maior precisão na identificação de infrações.
A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) explicou que a retirada faz parte do processo de transição para o novo contrato de fiscalização eletrônica, que já está em andamento. De acordo com o órgão, todos os radares serão reinstalados em até 30 dias e, após a reinstalação, entrarão em uma fase educativa de 15 dias, período em que os condutores serão apenas orientados sobre o início do funcionamento dos equipamentos, sem aplicação de multas.

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Segundo a prefeitura, 212 faixas de trânsito serão monitoradas nesta nova etapa, definidas com base em estudos técnicos que identificaram os pontos com maior necessidade de controle de velocidade e segurança viária.
O novo contrato, firmado com o Consórcio CG Segura, tem valor de R$ 47,9 milhões e vigência de dois anos, com possibilidade de prorrogação por até dez, conforme prevê a Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021). O consórcio é composto pelas empresas Serget Mobilidade Viária Ltda, Mobilis Tecnologia S/A, Meng Engenharia Comércio e Indústria Ltda e Energy Tecnologia de Automação S/A.
A troca de equipamentos ocorre após o encerramento do contrato anterior, firmado em 2018 com o Consórcio Cidade Morena, liderado pela Perkons S.A., o qual perdeu a vigência em setembro de 2024. A partir daí, a cidade ficou com o sistema em operação irregular, o que levou à suspensão judicial de 196 mil multas aplicadas entre 2024 e 2025, decisão posteriormente revista pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que restabeleceu a validade das autuações, mas manteve bloqueados os pagamentos de mais de R$ 5 milhões ao consórcio anterior.

Com o novo contrato em vigor, a Agetran prevê que todos os radares estarão reinstalados e funcionando até o fim de outubro, já com a fase educativa concluída. A troca inclui equipamentos de nova geração, com monitoramento em tempo real e maior precisão na leitura de placas e identificação de infrações.
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