Candidatos surgem na Marcha para Jesus, mas garantem não é pelos votos

Candidatos à prefeitura de Campo Grande apareceram na Marcha para Jesus, nesta segunda-feira (26), subiram no palco, mas garantiram que a presença não significava ‘fazer campanha’. Além da atual gestora municipal, Adriane Lopes (PP), também estiveram presentes Beto Pereira (PSDB), Rose Modesto (União Brasil) e Herculano Borges (Republicanos), candidato a vereador.

Questionados pela reportagem se estavam usando o momento para se autopromover - o que seria permitido - todos afirmaram que deram uma pausa na campanha para participarem do momento simbólico. Além da aparição dos parlamentares, a presença expressiva de jovens também chamou a atenção.

“Hoje é dia de aproveitar a marcha, declarar a nossa fé, nossos valores e princípios. Pois as eleições estão do lado de fora. Dei uma pausa para curtir com a minha família. Como cristã e mãe, para mim, estar aqui hoje nos 125 anos de Campo Grande é um prazer imenso. Não é o primeiro ano que acompanhamos. A gente participa há décadas dessa marcha”, disse Adriane.

Ela acrescenta que os jovens estarem no local mostra que há uma comunidade que pulsa e acredita na fé. “Fico muito feliz que os jovens estejam participando desse momento tão importante para as famílias. É muito bom estar aqui e perceber que essa juventude está viva, pulsando,e que vão dar o melhor deles pela cidade”.

Rose Modesto, que também é evangélica, ressalta que essa é a 28º marcha que participa e que está no local apenas para adorar e orar. “A verdade hoje, a minha posição aqui, é como fiz nos últimos 28 anos, quando nem imaginava entrar na política, é realmente estar unido com pessoal da minha igreja. A gente deu uma pausinha na política para fazer orações por Campo Grande”.

A candidata comemora a presença dos jovens e comenta que também começou a ir para marcha na mesma idade.

“Acho importante eles aqui porque poder exercitar a fé é dar para o jovem uma esperança diferente. Nós acreditamos muito nesse ato, que é importante para gente realmente ver Campo Grande ter uma vida mais feliz. É o momento que a gente faz oração pedindo para Deus abrir as portas para nossa cidade”.

Apesar do evento ser voltado ao público evangélico, católicos também têm agregado à Marcha ao longo dos anos. Beto Pereira é um dos casos.

“É muito importante esse evento, dentro da comemoração do aniversário da cidade, evento grande que reuniu famílias, cristão, onde as pessoas têm oportunidade de ver grandes artistas e também poder cultuar a família e a Deus. A participação dos jovens de uma forma geral é algo que demonstra hoje a importância que é dada a Cristo”.

O vereador e pastor, Herculano Borges, acompanha a Marcha há 21 anos. Nesta segunda-feira ele disse que apesar de não fazer campanha com bandeiras e palanque, poderia acontecer de maneira informal conversas de cunho político.

“Como somos já desse segmento, todos os anos a gente caminha no meio da multidão e conversamos, mas esse não é o objetivo principal. O objetivo é a gente estar aqui para expandir o ato profético, mas sem dúvida nenhuma acaba encontrando pessoas e o diálogo acontece naturalmente”.

Para ele, a participação dos jovens mostra que a intensidade dessa faixa etária está sendo usada de maneira positiva também. “ O jovem é muito intenso, tanto para o lado bom quanto lado negativo, então quando a gente consegue envolver a juventude estamos levando essa mensagem dos jovens saudáveis, que pensam nas coisas boas. Aquele que se importa com o próximo”.

Programação - O evento teve apresentações da cantora Valesca Maysspara, na Praça do Rádio, e os fiéis caminharam pela Avenida Afonso Pena até chegar na Via Park, onde aconteceu a apresentação do grupo Fhop e Julliany Souza. Os trechos contemplam o trajeto de 3,3 quilômetros até o palco. O palco principal da festa está montado na Avenida Professor Luís Alexandre, rua lateral do Parque das Nações Indígenas.

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