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Política

Confiantes, movimentos anti-Dilma prometem fogos antes do fim da votação

Análise do impeachment começou de manhã e expectativa é que votação termine só de madrugada

Mayara Bueno | 11/05/2016 17:28
Movimentos contra a presidente acamparam na Avenida Afonso Pena nas primeiras ações pró-impeachment. (Foto: Fernando Antunes).
Movimentos contra a presidente acamparam na Avenida Afonso Pena nas primeiras ações pró-impeachment. (Foto: Fernando Antunes).
Movimentos contra Dilma na Afonso Pena. (Foto: Fernando Antunes)
Movimentos contra Dilma na Afonso Pena. (Foto: Fernando Antunes)

Movimentos contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), vão acompanhar a votação, a partir das 18 horas de Mato Grosso do Sul, em bares de Campo Grande e aguardar o 21º voto a favor para queimar fogos de artifício, ou seja, ainda antes de atingir a maioria simples necessária para o afastamento. Também há a previsão de uma carreata, mas que só acontecerá se o resultado da votação, que ocorre no Senado, sair até a meia-noite.

Até o fechamento deste texto, há congressistas defendendo a presidente, mas a maioria opina pela destituição dela, durante sessão no Senado que analisa o caso. Os grupos da Capital que organizam movimentos pró-impeachment desde que as primeiras discussões sobre o assunto, dão como certo o afastamento, considerado a “cereja do bolo” depois das manifestações de ruas.

O movimento Reaja Brasil prepara uma queima de fogos a partir do 21º voto ‘sim’. O número é para dar largada à comemoração, que resultará em mais uma queima de fogos, desta vez, quando o placar chegar a 38, que é a maioria simples necessária para aprovação, se levar em consideração o número de parlamentares no plenário.

Segundo uma das organizadoras, Carmem Moraes, esta comemoração ocorrerá em todo o País, mas não terá um ponto específico, neste caso. Apoiadores do grupo soltarão os fogos de suas próprias casas. Outro grupo vai se reunir em um bar localizado no Comper do Jardim dos Estados, no bairro de mesmo nome, a partir das 18 horas. “Vamos sair para comemorar a vitória de uma basta na era petista, que está acabando com o País”.

O Reaja ainda prepara uma carreata que só ocorrerá se o resultado da votação terminar até a meia-noite. Se ocorrer, a ação terá o Obelisco, na Avenida Afonso Pena, como ponto de partida. Caso a sessão de impeachment se estenda, a carreata, que espera reunir 300 veículos, acontecerá em outro dia.

Já o grupo Chega de Impostos se reunirá no Bar Salomé, na Afonso Pena, a partir das 19 horas. A intenção é que 150 pessoas se encontrem no local para acompanhar a votação. O clima por lá também deve ser de comemoração, segundo um dos organizadores, Vinicius Siqueira. “Hoje é o fim do que começamos lá atrás com as manifestações, é a cereja do bolo”.

Votação - Para ser aprovado no Senado, é preciso maioria simples, ou seja, a metade mais um referente à quantidade de parlamentares que estiver no plenário. Se isso ocorrer, como é a expectativa, levando em consideração as projeções de voto, a presidente será automaticamente afastada por até 180 dias. Neste período,

Dilma se defende, o Congresso analisará e recolherá provas ao processo, para no fim do prazo decidir se ela é culpada ou inocente pelas pedaladas fiscais – irregularidade em que a presidente foi enquadrada.
Se for inocentada, Dilma volta ao cargo; culpada, ela deixa definitivamente o governo e Michel Temer (PMDB), o vice-presidente, assume o País até 31 de dezembro de 2018.

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