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Política

Corregedor avalia representação contra flagrados em diálogo sobre fraude

Ricardo Campos Jr. e Leonardo Rocha | 03/11/2016 13:12
Fábio Lechuga Martins, Ilmar Renato Granja e João Victor de Souza protocolaram representação contra deputados nesta quinta (Foto: Leonardo Rocha)
Fábio Lechuga Martins, Ilmar Renato Granja e João Victor de Souza protocolaram representação contra deputados nesta quinta (Foto: Leonardo Rocha)

A representação pedindo abertura de processo disciplinar contra os deputados estaduais Paulo Corrêa (PR) e Felipe Orro (PSDB), flagrados em conversa sobre fraude na folha de ponto, foi protocolada na manhã desta quinta-feira (3) na Assembleia Legislativa. O corregedor-geral do Legislativo, deputado estadual Maurício Picarelli (PSDB), diz que já está avaliando o caso, que pode culminar na cassação deles.

O documento foi elaborado pelos advogados Fábio Lechuga Martins, Ilmar Renato Granja e João Victor de Souza e pede a instalação de uma comissão de ética para investigar a nomeação de funcionários fantasmas, anotação irregular na frequência ou quebra de decoro.

A intenção deles era entregar o documento diretamente ao presidente da Casa, deputado estadual Junior Mochi (PSDB), mas ele não compareceu à sessão por motivos pessoais. Os papéis foram entregues no protocolo-geral.

O grupo pede que a representação seja encaminhada diretamente ao chefe do Legislativo. No entanto, Picarelli (PSDB) explica que em razão das normas do órgão, ele cuidará o caso antes de encaminhá-lo ao presidente.

O parlamentar diz que irá convocar Corrêa e Orro a apresentarem defesa em cinco dias, solicitará ao setor de recursos humanos a relação de funcionários e controle de jornada dos gabinetes e ainda convocará testemunhas a depor, entre elas, o pastor Jairo Fernandes, que denunciou o caso ao MPE (Ministério Público Estadual).

Somente depois de cumprido esse rito ele enviará um relatório a Mochi para que ele dê seu parecer sobre a situação. Caso seja aprovada a instalação da comissão, cada partido indicará um representante para compô-la.

Os advogados queriam evitar que o caso passasse pelas mãos de Picarelli já que ele é do mesmo partido de Orro.

“Como corregedor, estou em uma função apartidária. Não há problemas em ser do mesmo partido que o Orro. Vou ter lisura e transparência para seguir no caso”, garantiu Picarelli.

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