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Política

Prefeito vai vetar projeto sobre parada gay por trazer despesas ao município

Leonardo Rocha e Mayara Bueno | 01/09/2017 10:48
Prefeito Marquinhos Trad falou sobre o projeto, durante agenda pública (Foto: Mayara Bueno)
Prefeito Marquinhos Trad falou sobre o projeto, durante agenda pública (Foto: Mayara Bueno)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) adiantou que vai vetar o projeto que inclui a parada gay, no calendário oficial de evento da Capital. Ele justificou que nesta matéria aprovada na Câmara Municipal, fica ao poder municipal a responsabilidade de organizar o evento, o que traria despesas aos cofres públicos.

"Não tenho nada contra o evento, mas o projeto repassa toda a responsabilidade de realizar e organizar o evento para a prefeitura, o que não podemos concordar, até porque vai trazer despesas aos cofres públicos e neste momento não estamos promovendo eventos para nenhum segmento", disse Marquinhos.

O prefeito defende que as próprias entidades e associações do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais e Transgêneros) organizem o evento, restando ao município apoiar com a questão de logística, segurança e trânsito. "Se houver esta mudança no projeto, não terei nenhum problema em sancionar", garantiu.

Marquinhos diz já conversou com os vereadores e representantes das entidades LGBT sobre o tema, explicando a justificativa do seu veto. "Eles (representantes) também entendem que o evento deve ser organizado pelas entidades e não a prefeitura estar a frente da realização".

Ele ainda comparou que no caso da "Marcha para Jesus", que está incluído no Calendário Oficial da Capital, a lei municipal não repassa ao executivo, a responsabilidade de organizar. "Nós demos o apoio na parte de logística e trânsito, sem investir recursos públicos".

Polêmica - Quando os vereadores aprovaram este projeto, houve polêmica na sessão da Câmara Municipal, tanto que a votação foi apertada, por 13 votos a 12, para incluir a “Parada da Cidadania LGBT e Show da Diversidade”, no calendário oficial de Campo Grande. O voto de "minerva" foi de Cazuza (PP), que no dia 10 de agosto, estava presidindo a sessão.

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