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Política

Preso por corrupção, prefeito de Terenos pede afastamento do cargo

Defesa alega que Henrique Budke sempre pautou sua vida em “honestidade e transparência”

Por Aline dos Santos | 11/09/2025 10:59
Preso por corrupção, prefeito de Terenos pede afastamento do cargo
Prefeito de Terenos, Henrique Budke foi preso em operação do Gaeco. (Foto: Edemir Rodrigues)

Preso desde a última terça-feira (dia 9) em operação contra corrupção, o prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke (PSDB), pediu afastamento do cargo. A solicitação foi encaminhada para a Câmara Municipal.

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Prefeito de Terenos, Henrique Budke (PSDB), preso por corrupção, solicita afastamento do cargo à Câmara Municipal. A defesa alega surpresa com a operação e afirma que Budke sempre agiu com honestidade, buscando agora se concentrar em sua defesa e confiando na Justiça para provar sua inocência. A Operação Spotless aponta que o prefeito recebeu mais de R$ 640 mil em propinas entre 2021 e 2024, sendo R$ 255 mil relacionados à construção de um bloco na Escola Jamic. Investigações revelam aumento de 318% no patrimônio do prefeito entre 2020 e 2024, saltando de R$ 776 mil declarados à Justiça Eleitoral para mais de R$ 2,4 milhões. Gecoc e Gaeco apontam indícios de direcionamento de propinas para compra de imóveis e empresas.

“Henrique foi surpreendido com a operação, pois sempre pautou sua vida em honestidade e transparência. Pediu afastamento do cargo para poder se concentrar em sua defesa. E aguarda a evolução das apurações, depositando na Justiça a confiança de que a verdade provará sua inocência", informa a nota divulgada pelo advogado Julicezar Barbosa, responsável pela defesa do prefeito.

Conforme a Operação Spotless, o chefe do Poder Executivo recebeu mais de meio milhão de reais em propina entre 2021 e 2024. Foram R$ 646 mil no período, conforme indicaram relatórios Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Segundo a investigação, o maior suborno recebido pelo prefeito foi de R$ 255 mil, referente à construção de um bloco da Escola Jamic.

Em apenas quatro anos, de 2020 a 2024, a evolução patrimonial do político saltou 318%. “Durante as eleições de 2020, Henrique declarou ao Tribunal Superior Eleitoral patrimônio de R$ 776.210,57, enquanto na eleição de 2024 o valor passou para R$ 2.468.418,61, evolução patrimonial esta de 318%”, reforça a decisão.

Para os agentes do Gecoc e do Gaeco, as investigações observaram “progressão patrimonial de Henrique incompatível com o cargo público exercido, com direcionamento do valor das propinas para compra de imóveis e empresas”.

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