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Política

Professores cedem em nova proposta que pode acabar com greve

Mais flexíveis, docentes aceitam aumento de 3,28% e aplicação da Lei do Piso até outubro de 2017

Alberto Dias | 06/05/2016 09:20
Categoria em assembleia nesta sexta-feira (6) para votar o fim da greve. (Foto: Marcos Ermínio)
Categoria em assembleia nesta sexta-feira (6) para votar o fim da greve. (Foto: Marcos Ermínio)

Professores da rede municipal estão reunidos em assembleia que pode por fim à greve da categoria em Campo Grande. Nesta quinta-feira (5), eles apresentaram nova proposta ao prefeito Alcides Bernal (PP) em que aceitam um reajuste escalonado até outubro de 2017, desde que contemple a Lei 5411, ou seja, com pagamento de retroativos que somam 24,37%. Deste total, 11,36% são referentes a 2016 e 13,01% correspondentes à correção não realizada em 2015.

“Agora, a Prefeitura deve apresentar um cronograma detalhando os percentuais e em quais meses eles serão aplicados”, explicou ao Campo Grande News o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais de Educação Pública), Lucílio Nobre.

Conforme ele, para que a greve acabe eles pediram, ainda, reposição imediata da inflação de janeiro a abril, que soma 3,28%. No projeto que tramita na Câmara Municipal, a Prefeitura oferece 2,79%, correspondentes à inflação de janeiro a março.

A nova proposta dos professores foi protocolada no fim da tarde de ontem na Prefeitura, após reunião da ACP com o secretário de Finanças, Disney Fernandes; o procurador municipal Denir de Souza Nantes e o ex-secretário e agora assessor especial, Paulo Pedra. Pela manhã, eles foram recebidos rapidamente por Bernal, que determinou à sua equipe que alinhasse tudo com o sindicalistas.

Balanço da greve - Nesta sexta-feira o número de professores em greve permanece o mesmo, cerca de 500 conforme o sindicato, que culmina na paralisação parcial de 56 escolas municipais, além de seis Ceinfs (Centros de Ensino Infantil).

Trata-se da segunda greve consecutiva na Capital, onde o ano letivo começou em 15 de fevereiro. No ano passado, os alunos enfrentaram greve por 77 dias. A Reme (Rede Municipal de Ensino) tem 95 mil alunos e cerca de sete mil professores, incluindo os Ceinfs, segundo a Semed (Secretaria Municipal de Educação).

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