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Política

PSDB e MDB querem selar união definitiva para “dominar” eleições de 2024

Reunião com caciques do partido nesta segunda-feira pretende aparar todas as arestas em MS

Jhefferson Gamarra e Jackeline Oliveira | 15/05/2023 12:48
Cúpula do MDB no saguão do prédio onde será realizado o encontro (Foto: Jackeline Oliveira)
Cúpula do MDB no saguão do prédio onde será realizado o encontro (Foto: Jackeline Oliveira)

Almoço envolvendo as maiores lideranças do MDB e PSDB de Mato Grosso do Sul, realizado nesta segunda-feira (15), inclusive com a presença ilustre da ex-senadora e atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, deve selar de uma vez por todas a união entre os partidos para caminharem de mãos dadas nas eleições municipais de 2024.

No lado dos emedebistas, além de Simone Tebet, participam do encontro o ex-governador André Puccinelli, o ex-senador Waldemir Moka, o secretário da Casa Civil Eduardo Rocha e os deputados estaduais Junior Mochi, Renato Câmara e Marcio Fernandes.

De acordo com Simone Tebet, a união dos partidos para a próxima eleição é importante, tendo em vista o cenário de polarização que ainda permeiam os eleitores. Segundo a ministra, sua participação no encontro foi determinada pela executiva nacional do MDB, apenas como uma avalista do acordo regional.

“Esse acordo não é só possível como necessário, ambos partidos saíram da mesma origem e em um Brasil tão polarizado e dividido, em que a população está cansada da polarização, PSDB e MDB dão exemplo do que precisa ser feito, que é a união de esforços no campo democrático”, disse Tebet. “Eu venho só por determinação do MDB nacional para dizer que se a aliança for de interesse de Mato Grosso do Sul e for selada, vai ter uma avalista do MDB nacional”, esclareceu.

Esposo de Simone Tebet e secretário de Governo na gestão tucana, Eduardo Rocha (MDB) informou que as siglas estão em conversas adiantas para selar. “Há mais de 6 meses, conversamos para que o MDB e o PSDB faça um acordo para caminhar juntos, de uma vez daqui pra frente, como aliados, tomando decisões juntos, com candidaturas de municípios, sentando à mesa e discutindo tudo. Hoje, vamos conversar de uma vez para acabar de fechar e anunciar”, explicou Rocha.

Um dos maiores “empecilhos” para selar o acordo de uma vez por todas é ex-governador André Puccinelli, que ficou em 3º lugar nas eleições de 2022 e fez campanha contra a eleição de Eduardo Riedel no segundo turno. O cacique emedebista faz questão de participar diretamente da eleição para a Prefeitura de Campo Grande em 2024.

O presidente atual do MDB fala do futuro e promete ser “carne de pescoço” na discussão para selar o acordo com os tucanos.

Ex-governador Reinaldo Azambuja chegando para o almoço entre os partidos (Foto: Jackeline Oliveira)
Ex-governador Reinaldo Azambuja chegando para o almoço entre os partidos (Foto: Jackeline Oliveira)

Do ninho tucano, participam do almoço o atual governador Eduardo Riedel, o ex-governador e agora presidente do PSDB em MS, Reinado Azambuja e Sérgio de Paula, que por anos presidiu a sigla e agora atua como secretário-executivo do governo em Brasília.

O único a falar com a imprensa foi o ex-governador, que garantiu que o acordo com os emedebistas vai além das eleições em Campo Grande. Além de bater o martelo sobre a candidatura na Capital, Azambuja pretende sair da reunião com as “arestas” aparadas em todos os municípios onde há divergências entre os partidos.

“O que nós estamos não é uma aliança na Capital e sim fazer como fizemos no passado um entendimento político. E no entendimento político não tem exclusividade para nenhum partido, vamos conciliar os interesses comuns respeitando os interesses locais. Cada local tem suas divergências que são normais, então o entendimento não pode ser impedimento por conta de briga em um município, queremos voltar como no passado a ter uma aliança que levou o André duas vezes ao governo do Estado e o MDB continuar apoiando o governo do Eduardo Riedel na Assembleia”, esclareceu o ex-governador.

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