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Política

Sem surpresa, Reinaldo anuncia “escolhas de confiança” ao redesenhar 1º escalão

Além de Riedel que vai tocar pacotão de obras, Azambuja também mudou comando da Delegacia-Geral da Polícia Civil e dos Bombeiros

Aline dos Santos e Silvia Frias | 22/02/2021 08:58
Azambuja e Riedel durante reunião na Governadoria na manhã desta segunda-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)
Azambuja e Riedel durante reunião na Governadoria na manhã desta segunda-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) oficializou na manhã desta segunda-feira (dia 22) as mudanças no primeiro escalão do governo. “Foi muito especulado que seria de cunho político partidário, mas nunca partidarizei o governo. São escolhas de confiança do governador e vão tocar setores estratégicos”, afirma Azambuja.

Despontando como candidato a governador em 2022, Eduardo Riedel trocou a Segov (Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica) pela Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura), pasta com ampla visibilidade, pacote de R$ 2,8 bilhões de investimento e que o titular viaja pelo Estado levando a boa-nova das obras.

O secretário adjunto será Pedro Caravina (PSDB), ex-prefeito de Bataguassu e ex-presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

Já o comando da Segov fica com Sérgio Murilo, empreiteiro e presidente do Podemos. De acordo com Azambuja, trocam-se as pessoas, mas não o eixo da administração estadual.

“Precisa dinamizar. O Eduardo e o Caravina vão dinamizar mais e mais. A gente não pode conviver com acomodações. É preciso chacoalhar a goiabeira para a coisa funcionar. Mato Grosso do Sul é o Estado que mais devolve para a população em investimento per capita [por pessoa]”, afirma o governador.

A Seinfra era comandada por Murilo Zauith (DEM), que é vice-governador. As declarações foram em reunião transmitida pela rede social do governador.

Forças de segurança -  Além da troca de comando em secretarias, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja também divulgou mudança no comando da DGPC (Delegacia-Geral da Polícia Civil) e do Corpo de Bombeiros, o que chamou de “alternâncias extremamente salutares”. O eixo administrativo, segundo ele, permanece o mesmo.

Como já havia sido divulgado pelo Campo Grande News, o delegado Marcelo Vargas deixa o comando da DGPC, cargo que será ocupado pelo então adjunto, Adriano Garcia Geraldo. A aposentadoria voluntária foi publicada no Diário Oficial de hoje, mas não a nomeação de Geraldo.

A outra “alternância de comando” anunciada pelo governador esta manhã foi a saída do coronel Joilson Alves do Amaral do comando geral do Corpo de Bombeiros de MS. No lugar dele, assume o coronel Hugo Djan Leite.

Sem citar nomes, apenas que eram “opiniões que o PSDB externou”, disse que as mudanças anunciadas hoje seguem avaliação técnica. “Falo com muita tranquilidade, não vou partidarizar meu governo, aqui não tem nada de cunho político partidário; respeito as opiniões do PSDB, mas são escolhas de confiança do governador”.

O coronel Joislon e o delegado, agora aposentado, Marcelo Vargas, não vão deixar o governo. Os dois vão assumir outras funções dentro do governo, “cumprindo missões”. No caso do militar, a única referência é que seria na Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) com foco na infraestrutura.

Na live, o governador citou a importância do Corpo de Bombeiros em duas frentes de trabalho: o combate às queimadas e na logística de distribuição das doses de vacina contra covid-19.

Segundo Azambuja, há previsão já acordada de investimento de R$ 56 milhões em estrutura de combate as incêndios florestais como forma de minimizar os efeitos do fogo em períodos de estiagem. Também está sendo projetado unidade de apoio em Água Clara, município que concentra cerca de 800 mil hectares de maciço florestal.

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