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Política

Senadora de MS “puxa” debate sobre regulamentação de cigarro eletrônico

Soraya Thronicke destaca que o Supremo está prestes a descriminalizar a maconha

Aline dos Santos e Jackeline Oliveira | 31/08/2023 12:48
Soraya Thronicke durante reunião no Senado. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Soraya Thronicke durante reunião no Senado. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Apesar de proibidos pelo Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009, os cigarros eletrônicos podem ganhar uma “madrinha” no Senado Federal.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos) solicitou a realização de audiência pública sobre os chamados “vapes” e o Senado Federal aprovou requerimento para que Comissão de Assuntos Sociais promova o debate, que ainda não foi agendado.

A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Ao Campo Grande News, a senadora disse que já foi “absolutamente contra”, mas se informou melhor, além de destacar que o STF (Supremo Tribunal Federal) está prestes a descriminalizar a maconha.

“Há possibilidade de regulamentar. Estamos estudando e nos informando com especialistas. Ainda não formei meu convencimento. Eu era absolutamente contra, mas me informei mais sobre o assunto, com base em casos provenientes de 80 países que já regulamentaram”, afirma Soraya.

Jovem mostra cigarros eletrônicos, os vapes, que são proibidos pela Anvisa. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Jovem mostra cigarros eletrônicos, os vapes, que são proibidos pela Anvisa. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Sobre o que motivou o pedido de audiência, a senadora afirma que o número de usuários tem crescido absurdamente. “E não sabemos o que estão inalando ou fumando”.

O senador Nelsinho Trad (PSD) é contra a liberação do cigarro eletrônico. “Até por ser médico, tenho posicionamento contrário ao uso e consumo de coisas nocivas à saúde. Sou a favor da conscientização. Esse cigarro faz mais mal do que o cigarro tradicional”, diz o parlamentar.


Senador Nelson Trad Filho (PSD) durante entrevista (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Senador Nelson Trad Filho (PSD) durante entrevista (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A reportagem não conseguiu contato com a senadora Tereza Cristina (PP) para saber a opinião sobre o tema.

Atualmente,  o cigarro eletrônico é protagonista de um jogo de empurra no quesito fiscalização. Desta forma, circula livre, leve e solto, principalmente na boca dos jovens, fascinados pela roupagem moderninha e sabores variados.

Mesmo sem ter a queima do tabaco, o modelo eletrônico é como o tradicional: faz mal à saúde. Ambos contêm nicotina e podem causar doença respiratória

O atomizador dos eletrônicos libera substâncias cancerígenas. Já foi identificada uma doença associada ao dispositivo, trata-se da Evali, termo em inglês para injúria pulmonar associada ao cigarro eletrônico. Os sintomas são tosse, falta de ar, cansaço e opressão torácica.

O alerta também se estende para a dependência da nicotina, que aumenta níveis de estresse, ansiedade e nervosismo quando o uso é interrompido.

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