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Cidades

Bombeiros alertam sobre risco de ataque de abelhas migratórias na primavera

Estado registrou mais de 100 ocorrências em 2023; casos são mais frequentes na primavera e no verão

Por Idaicy Solano | 27/09/2023 13:33
Bombeiros realizam manejo das abelhas; animais ficam agitados e agressivos com barulho e cheiro forte (Foto: Henrique Kawaminami)
Bombeiros realizam manejo das abelhas; animais ficam agitados e agressivos com barulho e cheiro forte (Foto: Henrique Kawaminami)

Mato Grosso do Sul registrou mais de 100 casos de ataques de abelha em 2023, de acordo com o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul). Com o fim do período de estiagem e início da primavera, os militares alertam para o aumento de risco de mais incidentes do tipo.

Os principais casos de acidentes com abelhas são causados pelas abelhas migratórias, especialmente nas estações de primavera e verão, período em que as colônias estão de passagem, em busca de um local adequado para se estabilizarem.

O tenente-coronel Antônio Cezar Pereira da Silva explica que elas se deslocam para fugir do calor intenso em busca de ambientes frescos, silenciosos e com melhores condições de alimentação.

As colônias custam se alojar em carros, varandas, móveis, janelas, guarda-roupas, bancos de praça e árvores e permanecem alojadas pelo período de três dias, antes de migrarem novamente. "Qualquer cantinho que elas encontram para descanso, elas ficam. É por um período curto, mas nesse período pode acontecer os acidentes”.

Casos em MS - Um homem, de 49 anos, foi socorrido com mais de 100 ferroadas em Bataguassu, a 335 km de Campo Grande. De acordo com as informações do jornal Cenário MS, o homem viajava a pé e seguia pela BR-267, quando foi atacado pelo enxame.

Um ataque fatal aconteceu em Rochedo, município situado a 83 quilômetros da Capital, no início do mês. Um idoso de 77 anos morreu após ser atacado por abelhas e ficar quatro dias internado no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul).

Em Nioaque, um grupo de seis militares foram atacados enquanto o grupo realizava estágio de adaptação ao Pantanal no quartel do Exército Brasileiro, localizado na Avenida Visconde de Taunay, na cidade a 184 quilômetros de Campo Grande.

Risco de ataque - Os locais com maior risco de ataques são os lugares públicos, com grande fluxo de pessoa. De acordo com o tenente-coronel, barulhos, cheiros fortes e fogo deixam as abelhas alvoroçadas e agressivas.

No caso de residências domésticas, principalmente onde há presença de animais domésticos, é necessário retirá-los do local, pois, conforme explica o militar, os animais, principalmente os cachorros, tendem a ficar agitados e latir.

Recomendações - Não é aconselhável tentar deter a presença das colônias com venenos ou pelo manejo do fogo. Quando há presença de abelhas migratórias, o ideal é isolar a área e acionar o Corpo de Bombeiros.

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O tenente-coronel Cezar explica que a equipe avalia o local. Se for possível manter o local isolado até a passagem das abelhas, é feita a orientação e isolamento temporário do ambiente. Caso não seja possível, elas são retiradas pelas equipes. "Se tiver contato com apicultor, pode chamar que eles também retiram", recomenda o militar.

As abelhas só são eliminadas se há risco de vida. "O extermínio de abelhas é crime, então é último caso, apenas quando tem risco de vida".

Para entrar em contato com os bombeiros e acionar o resgate, basta discar 193.

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